6 de agosto de 2018

Livro do arquiteto Luís Pedro Cruz:
“Reabilitação e Autenticidade - Consequências no Tecido Urbano” editado pela Chiado Editora

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Já se encontra editado e disponível para compras online o livro “Reabilitação e Autenticidade - Consequências no Tecido Urbano” do arquiteto Luís Pedro Cruz que acaba de ser dado à estampa na coleção “Compendium” pela Chiado Editora.
Com as suas 580 páginas, o livro pode desde já ser adquirido online AQUI nas versões papel (24 euros) e e-book (3 euros).
Segundo o autor, “o lançamento oficial será em Setembro ou a partir de setembro porque pretendo apresentar o livro em vários locais, incluindo Castelo de Vide”, “embora seja prematuro (adiantar) porque nada está tratado”.
A promoção inicial da obra inclui uma sinopse que junto se republica e uma extensa biografia do autor que pode ser consultada AQUI.
Exemplos de Tolosa e Castelo de Vide
Este livro, embora se foque no Norte Alentejo, sobretudo em dois exemplos bastante distintos – Tolosa, no concelho de Nisa, e Castelo de Vide – cujas especificidades permitem assegurar uma identificação alargada com outros aglomerados dispersos pelo país, destina-se genericamente a todos os intervenientes em processos de reabilitação urbana sem excluir um público mais abrangente também atento à matéria. 
O entendimento da “Reabilitação indissociável da Autenticidade” é o fio condutor da obra e, neste caso, a autenticidade pressupõe uma leitura atenta do “Lugar” que aposta na compreensão do objeto de intervenção, abrangendo o sítio na sua globalidade, nomeadamente o entrosamento do rural com o urbano, as relações com a envolvente, a forma como o aglomerado se estrutura, os vários momentos que determinam esse desenvolvimento e a sua interação, até às unidades elementares – as habitações – que em conjunto definem ruas, quarteirões, etc. realçando o “Valor de Conjunto”.
Edifício, um "Valor Tecnológico”
Relativamente ao edifício, este é entendido como um “Valor Tecnológico” em que materiais, sistema construtivo, tipologia, ornamentações, etc., integram um “Todo” a preservar e valorizar, sem se pôr de parte a necessidade de se introduzir melhoramentos, tendo sempre presente que o ótimo é inimigo do bom, mas que é necessário acudir à degradação instalada, motivada pelo abandono e pela interrupção na manutenção periódica, e criar condições de utilização consentâneas com os nossos dias. 
Reciclagem e reutilização com custos ambientais reduzidos
Considera-se no entanto que qualquer programa funcional a instalar tem que se adaptar ao edifício e não o contrário, que conduz à prática adotada indiscriminadamente pelo país, sobretudo nos grandes centros urbanos, assente no “Fachadismo”, em que se reduz o imóvel à “carcaça” com o esventramento do seu miolo, originando edifícios sem alma, completamente artificializados, na sequência da obrigatoriedade de se adaptarem a programas excessivos. 
No fundo, nos exemplos apresentados no livro assegura-se a preservação do sistema construtivo e materiais existentes prolongando o tempo de vida útil do imóvel, introduzindo o mínimo de perturbações, ou seja, sem incorrer em “intervenções musculadas”.
Consequentemente, as demolições extensas e o fazer de novo, mesmo que nos mesmos materiais, são práticas rejeitadas apostando-se assim na reciclagem e reutilização com custos ambientais reduzidos. © NCV

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