27 de novembro de 2016

Póvoa e Meadas:
Exposição de Arte Sacra em imagens

Fotos © D.R./NCV
Clicar na imagem para visionar as fotos individuais.
Encontra-se patente ao público no Museu Municipal de Póvoa e Meadas desde o início deste mês (ver fotorreportagem da inauguração AQUI) uma Exposição de Arte Sacra mostrando algumas obras provenientes da antiga Igreja Matriz da localidade.

A iniciativa pertence à Junta de Freguesia local e conta com o apoio do Município de Castelo de Vide e da Paróquia de Póvoa e Meadas. 
A exposição está patente durante a semana e mesmo ao fim de semana poderá ser vista desde que tal seja solicitado à Junta de Freguesia, segundo soube o NCV.
Entretanto, para quem ainda não pode ou não possa visitar a exposição até ao dia 12 de Dezembro próximo, o NCV deixa um registo fotográfico de algumas das peças em exibição acompanhado de um texto do povoense Jorge Rosa sobre “o que sabemos das imagens que se encontram expostas”. © Redação/NCV
O que sabemos das imagens 
que se encontram expostas
Fotos © D.R./NCV
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as fotos individuais.
Em 1758, menos de 100 anos antes da construção da Igreja de Nossa Senhora da Graça (Matriz). o padre Xavier Rodrigues Carrilho, descrevia os altares que a compunham e os respectivos santos. No altar-mor estava a imagem de N.S. da Graça que não consta da exposição. A imagem actual não deverá ser a original, pois aparenta ser mais moderna. Já as imagens que a ladeavam, S. João Baptista, do lado do evangelho, e S. Francisco, do lado da epístola, são, muito provavelmente, as que se encontram expostas. Diz o padre que havia mais quatro altares. Da parte direita havia o altar de N.S. do Rosário com a sua imagem de vestidos. Esta imagem não consta da exposição. Da parte direita havia o altar das Almas com uma imagem do Menino Jesus, que é, seguramente a que se encontra exposta. Os outros dois alteres eram das capelas de S. Pedro e de Santo António. Também estas imagens não se encontram na exposição.
Para além da Igreja Matriz o padre descreve a Igreja da Misericórdia, que diz ser orago de S. Sebastião, o Mártir Santo. Na exposição há duas imagens de S. Sebastião, uma mais moderna e outra antiquíssima (ver foto). Ora a Igreja da Misericórdia tinha o nome de Mártir Santo e, daí, a Rua do Mártir. É pois de admitir que o S. Sebastião mais antigo fosse a imagem original da dita igreja, antes desta ter sido destruída pelos castelhanos em 1642. Pode ser que na fuga da população alguém a tenha retirado e guardado. Mais tarde foi substituída pela mais moderna e menos tosca. Esta igreja tinha ainda as imagens de Nossa Senhora, que não consta da exposição, e a de Santa Isabel , quase de certeza, a que se encontra exposta.
Havia ainda as capelas de Santa Margarida, cuja imagem lá se encontra (não sabemos se será a original) e a do Espírito Santo, com a respectiva imagem, cujo original poderá ser a que está exposta.
Há, portanto, algumas imagens na exposição que serão posteriores a 1758, ainda que, algumas delas, sejam bastante antigas, nomeadamente as de São Romão e Santo Agostinho. © J. Rosa/NCV

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