5 de junho de 2020

Câmara Municipal propõe-se recuperar a Ermida de S. Miguel e assumir exploração do terreno por 30 anos

Foto © AMP Busca/NCV (arquivo)
A Câmara Municipal de Castelo de Vide, através do seu Presidente, estará a negociar um acordo tripartido visando a "exploração" do espaço onde se situa a Ermida de S. Miguel, junto à Senhora da Penha, tentando assim contribuir para a recuperação da igreja e colocar o espaço aos erviço da comunidade.
A notícia foi conhecida durante a reunão do Executivo Municipal da última quarta-feira e a proposta de acordo em negociação fará referência a um horizonte de 30 anos envolvendo, além do Município, a Fábrica da Igreja, dona do terreno e do imóvel da ermida e a própria Diocese de Portalegre e Castelo Branco e ainda a Direção Regional de Cultura do Alentejo.
Conselho Paroquial não aprovou a venda
Recorda-se que o Conselho Económico Paroquial não aprovou na sua mais recente reunião a venda do terreno na Serra de S. Paulo junto à Senhora da Penha onde está implantada esta Ermida de S. Miguel (ver notícia com todas as informações AQUI).
A decisão foi tomada a solicitação do Bispo da Diocese de Portalegre e Castelo Branco, apenas com um voto a favor e dois votos contra, com abstenção do pároco cónego Tarcísio Alves (ver notícia AQUI).
Custear pintura da Igreja (Matriz) de Castelo de Vide
O cónego Tarcísio Alves reagiu de imediato e fez publicar um texto no jornal "Alto Alentejo" (ver recorte que se publica junto) em que clarifica que o valor e a razão da venda seria o de custear a pintura da Igreja (Matriz) de Castelo de Vide, explica que "nem a paróquia nem a cãmara municipal levantaram dificuladades ao projeto" assim descrito: "restaurar parte da antiga capela" (...) "desde que lhe fosse autorizada a reconstrução da casa do ermitão, contígua à capela".
Aguarda-se parecer dos "serviços do Ministério da Cultura"
O Pároco responsabuiliza "um grupo de pessoas lideradas pelo sr. Ruy Ventura que se opôs tenazmente à alienação" e adianta que o Conselho Paroquial "achou por bem cancelar a alienação prevista e aguardar que os serviços do Ministério da Cultura se pronunciem sobre o assunto". 
Não é feita qualquer referência sobre uma eventual posição ou opinião da Comissão Diocesana dos Bens Culturais da Diocese que algumas fontes asseguraram ao NCV já existir. © NCV
Clicar na imagem para ampliar o recorte.

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