Em Dia de Todos os Santos, recordamos todos aqueles que, embora não estejam nos altares, foram verdadeiras testemunhas da verdade do Evangelho. Com muitos deles nos cruzamos, com certeza, ao longo da nossa vida, com eles convivemos, nos divertimos e crescemos. A história da Igreja foi sempre enriquecida por homens e mulheres que viveram, com alegria e esperança, na caridade, a sua fidelidade a Cristo e à Sua Igreja. Vivendo a sua vida no cumprimento do seu dever, fosse ele qual fosse, transformaram-se em imagem de Cristo que passou pelo mundo fazendo o bem. Santos entre os santos, acompanham-nos, intercedem por nós junto de Deus, estimulam-nos à santidade.
2 – No Dia dos Fiéis Defuntos, rezamos pelas benditas almas do Purgatório. Acreditamos que a vida humana não termina com a morte e que o amor para com os que já partiram ultrapassa as fronteiras deste mundo. De forma bela, assim rezamos no prefácio da Missa dos Defuntos: «Se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da imortalidade. Para os que creem em Vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se transforma».
A melhor forma de amar e de comunicar com os que já morreram é rezar por eles. Rezar pelos mortos é um santo e piedoso dever, como refere a Sagrada Escritura. A união entre nós que caminhamos sobre a terra e aqueles que já adormeceram na paz de Cristo, não se interrompe, antes pelo contrário, “é reforçada pela comunicação dos bens espirituais».
Em tempos de pandemia “temos regras a cumprir, temos o dever de cuidar uns dos outros”
3 – Sabemos como estes dias provocam a movimentação das pessoas, das famílias e das próprias comunidades em direção à Eucaristia e visitas ao Santíssimo Sacramento nas igrejas, às romagens e celebrações em cemitérios. Este ano, porém, não o podemos fazer como desejaríamos, estamos em situação de pandemia. Temos regras a cumprir, temos o dever de cuidar uns dos outros. Assim, nesta nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco, chamamos a atenção para o seguinte:
a) A tutela dos cemitérios é da autoridade civil. Os responsáveis pelas comunidades cristãs, devem cumprir as possíveis determinações que ainda possa vir a ser estabelecidas;
b) Não se farão as habituais romagens aos cemitérios nem neles haverá outras
celebrações litúrgicas, quer Eucarísticas quer Celebrações da Palavra ou
outras. O Pároco, se a saúde lho permitir, não deixará de fazer a sua romagem
individual, rezando pelos falecidos da sua comunidade;
c) Porque é natural que possa haver mais afluência de pessoas nas igrejas ou capelas paroquiais, haja redobrada atenção às regras da Direção Geral de Saúde e ao que está determinado pela Conferência Episcopal Portuguesa;
d) No final das celebrações em igrejas, capelas ou ao ar livre, fora dos cemitérios, como, aos Domingos, se estão a realizar em alguns locais, poderá fazer-se alguma oração apropriada que os responsáveis achem oportuno;
e) Exortem-se os fiéis a visitar os cemitérios ao longo do mês de novembro, todo ele dedicado à oração pelos Fiéis defuntos, bem como à oração do terço em família incluindo essa intenção.
f) O Bispo diocesano celebrará, no Dia de Todos os Santos pela santificação de todos os diocesanos que ainda peregrinam, e, no Dia de Todos os Fiéis Defuntos, pelos que já partiram para a Pátria definitiva”.
Portalegre, 12 de Outubro de 2020.
Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco
(título e subtítulo da responsabilidade da redação do NCV)
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