O Secretariado Distrital da UGT Portalegre emitiu um comunicado em que denuncia o estado de esgotamento dos enfermeiros onde sublinha a “informação de muitos estarem a atingir o seu limite e do evidente aproximar do colapso do sistema de saúde, nomeadamente no Alentejo”.
“Para uma luta eficaz no combate a esta infeção, para além das devidas defesas que ficam a cargo exclusivamente de cada cidadão, necessitamos ter os profissionais de saúde nas condições adequadas quanto à sua capacidade, tanto profissional, como prática, mas também emocional. Mas a evolução da pandemia não ajuda”, refere a UGT Portalegre.
“Necessidade de um equilíbrio emocional”
“Os enfermeiros, profissionais de saúde que se encontram na linha da frente, têm vindo a acrescentar, a um trabalho de rotina demasiado exausto, uma necessidade de um equilíbrio emocional que se torna cada vez mais difícil, inquestionável, até pela diversidade de seres humanos que lhes vão passando pelas mãos todos os dias”, prossegue o documento.
Demasiados doentes, horas a mais, sem férias, dentro dos EPIs...
“Com demasiados doentes para o número de enfermeiros em serviço, mais as horas extraordinárias e as acumuladas dentro dos equipamentos de proteção individual, sem férias, há quem apele ao retorno dos cerca de 20 000 enfermeiros portugueses a trabalhar no estrangeiro, muitos deles convidados a sair do país há bem pouco tempo atrás”.
Mas será que “aposentados de regresso ao serviço, mais possíveis colegas de outros países em auxílio, serão a resolução para o problema?”
UGTs do Alentejo solidárias e à disposição dos profissionais
Finalmente, a UGT Portalegre “transmite toda a sua solidariedade para com os enfermeiros do Alentejo, que têm incansavelmente elevado o seu sentido de missão, e coloca-se inteiramente ao dispor, também através dos sindicatos afetos à UGT, como o SINDEPOR, sediado em Évora, com quem temos trocado informações, assim como com a UGT Évora e UGT Beja, para tudo o que considerem oportuno”. © NCV
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