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A confirmação surgiu esta semana com a publicação do respetivo anúncio em Diário da República (anúncio n.º 248/2025, de 25 de Julho).
Recorda-se que a primeira escola em que se ensinou o braille em Portugal funcionou no então Asilo de Cegos de Nossa Senhora da Esperança por iniciativa de Branco Rodrigues e do padre Severino Diniz Porto.
Reconhecimento histórico salvaguarda e valoriza o Braille
“A partir de hoje, o Braille passa a fazer parte oficial do património cultural de todos nós”, refere o CPTEI, para quem “este reconhecimento histórico atribui ao sistema Braille e à sua prática um estatuto de bem cultural digno de salvaguarda e valorização, como expressão viva do património das comunidades cegas e com baixa visão em Portugal”.
“Mais do que um sistema de leitura e escrita, o Braille representa um saber profundamente enraizado nas experiências de vida, na educação, na cultura e na autonomia de milhares de pessoas. A sua aprendizagem e uso são, simultaneamente, uma conquista individual e coletiva, transmitida ao longo das gerações com dedicação, perseverança e paixão”.
Compromisso com os direiros das pessoas deficientes
“Com esta inscrição, Portugal reafirma o seu compromisso com a promoção da diversidade cultural, da acessibilidade e dos direitos das pessoas com deficiência, reconhecendo que o património imaterial se constrói também com os sentidos do tato, da escuta e da resiliência”.
Na sua nota, o CPTEI agradece publicamente “a todas as pessoas, instituições e associações que contribuíram para este importante passo, bem como às comunidades que diariamente mantêm viva a prática do Braille no nosso país”.
O NCV pode adiantar que estiveram nomeadamente envolvidos neste processo os Professores Maria Romeiras e Augusto Deodato Guerreiro (presidente da Direção do CPTEI) e ainda o Dr. Aquilino Rodrigues.
Centro Português de Tiflologia
O Centro Português de Tiflologia, também designado abreviadamente por CPTEI, é uma associação científica com sede e domicílio em Castelo de Vide, na Fundação Nossa Senhora da Esperança.
O CPTEI tem por objetivo principal investigar, estudar, desenvolver, validar e aplicar teorias e boas práticas reabilitativas em equidade no âmbito da tiflologia.
Nesse sentido o seu objeto principal são a reabilitação e integração, o desenvolvimento de competências pessoais e sociais e a divulgação da investigação científica, tecnológica e respetiva aplicação, bem como a produção e distribuição de conteúdos científicos, em estreita cooperação com outros Centros de Investigação e Formação congéneres, Institutos de Ensino Superior, em Portugal e no estrangeiro. © NCV



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