22 de outubro de 2011

Armando Varela (PSD):
Presidente da CIMAA opõe-se ao encerramento
das extensões de saúde no Alto Alentejo


A CIMAA – Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo distribuiu ontem ao final da tarde um comunicado com a posição do seu presidente do Conselho Executivo, Armando Varela (PSD) , em que este dirigente regional se opõe ao encerramento das extensões de saúde no Alto Alentejo. É esse texto que o NCV a seguir publica na íntegra.
A Redacção
“O Presidente do Conselho de Executivo da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo opõe-se publicamente ao encerramento de treze extensões de saúde no distrito de Portalegre.
O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), reunido no passado dia 3 de Outubro, decidiu encerrar, já a partir de dia 1 de Novembro, as extensões de saúde de Arez, Monte Claro, Salavessa, Pé da Serra e Velada, no concelho de Nisa; Escusa, Galegos e Alvarrões, em Marvão; Pisão, no concelho do Crato; Ouguela, em Campo Maior; e ainda as extensões de Maranhão, Valongo e Alcórrego, em Avis.
Armando Varela, presidente do CE da CIMAA, considera esta decisão de extrema gravidade, prejudicando severamente as populações em causa. A falta de transportes públicos e as grandes distâncias são apontadas como as principais razões para a sua não concordância com as medidas anunciadas pela ULSNA. Num distrito com elevada percentagem de população idosa, encerrar as extensões de saúde sem a garantia de transportes alternativos que permitam aos utentes o acesso ao Serviço Nacional de Saúde terá consequências graves, afectando consideravelmente a qualidade de vida das populações.
Atendendo às especificidades da região do Alto Alentejo, onde o índice de envelhecimento é extremamente elevado e notórios os problemas socioeconómicos, torna-se difícil que parte significativa da população tenha asseguradas condições de acesso a um bem fundamental. O Presidente do Conselho Executivo da CIMAA receia, inclusive, que, em virtude das dificuldades, possa haver quem dispense cuidados médicos essenciais para o seu bem-estar, podendo até por em risco a sua saúde ou a própria vida.
O Presidente do CE da CIMAA teme igualmente que as medidas em causa acentuem as desigualdades entre os distritos do interior e do litoral do país, contribuído para o despovoamento das regiões em causa. Lamenta ainda a falta de diálogo entre a ULSNA e os presidentes das Câmaras Municipais dos concelhos ora afectados de forma a que atempadamente fosse possível garantir soluções.
A resolução das graves dificuldades que o Pais atravessa, nomeadamente na área da Saúde no Alto Alentejo, deve sempre passar pelo diálogo com as pessoas e não contra essas mesmas pessoas.
O Alto Alentejo também é Portugal, o Alto Alentejo merece mais, o Alto Alentejo merece melhor”. © NCV

Sem comentários: