No dia 10 de Dezembro de 1986 – faz hoje precisamente 20 anos – falecia com 79 anos Adolfo João Lahmeyer Bugalho, que se fosse vivo completaria 100 anos no próximo dia 21 de Março de 2007. Nascido no Porto, Adolfo Bugalho licenciou-se em Medicina em Novembro de 1933 e radicou-se em Castelo de Vide, na casa de seus pais, Francisco José Bugalho (1864-1925) e Sofia Carlota Sarmento Lahmeyer (1869-1913), onde ainda hoje vive sua filha Isabel Maria Bugalho, e onde a partir de 1938 teve o seu consultório (do lado da Travessa da Arrochela).
Em 1942, passou a ser “médico municipal” na sequência de uma proposta da Câmara Municipal então presidida pelo Engº Alexandre Cordeiro, casando no ano seguinte com Ana Lurdes Pereira Bugalho, casamento do qual existe única descendente, Isabel Maria Maria Bugalho. Foi ainda médico da Casa do Povo de Castelo de Vide e do Hospital de Santo Amaro desta Vila.
Em paralelo com um apaixonado exercício da medicina dedicou-se desde muito novo a diversas actividades artísticas e culturais. Para além das suas famosas gravuras em madeiras, deixou vasta obra no domínio da pintura, na posse da família e espalhada um pouco por várias casas de amigos, incluindo a quase totalidade dos quadros das paredes laterais da capela-mor da Igreja de Santa Maria da Devesa.
Verdadeiro amigo de escrever, fazia-o com muita regularidade e deixou dispersa vasta colaboração em revistas médicas nacionais e nos jornais locais “O Castelovidense”, “Terra Alta” e “O Pregão” de que foi sempre colaborador muito regular, em paralelo com a presença das suas gravuras.
Abraçou especialmente a actividade teatral e impulsionou os tempos áureos do Grupo Cénico da Sociedade Recreativa 1º de Dezembro. Ele próprio traduziu diversas peças que encenou para o Grupo, assumiu o papel de cenarista, e escreveu três peças de teatro que são uma referência da cultura local da segunda metade do século passado: “Eu e o Meu Chapéu” (1961), “Sombra de um Brilho” (1963) e “O Pregão” (1964).
Como escreveu Mário Rainho – certamente na notícia que lhe terá sido mais “difícil” escrever - «Adolfo Bugalho não morreu, continuará vivo na nossa memória e na história de Castelo de Vide que tanto amou e onde deixou fortes marcas da sua cultura e inteligência». Palavras que hoje recordamos e fazemos nossas. NCV
(Impressão de gravura em madeira de Adolfo Bugalho datada provavelmente de 1943)
Em paralelo com um apaixonado exercício da medicina dedicou-se desde muito novo a diversas actividades artísticas e culturais. Para além das suas famosas gravuras em madeiras, deixou vasta obra no domínio da pintura, na posse da família e espalhada um pouco por várias casas de amigos, incluindo a quase totalidade dos quadros das paredes laterais da capela-mor da Igreja de Santa Maria da Devesa.
Verdadeiro amigo de escrever, fazia-o com muita regularidade e deixou dispersa vasta colaboração em revistas médicas nacionais e nos jornais locais “O Castelovidense”, “Terra Alta” e “O Pregão” de que foi sempre colaborador muito regular, em paralelo com a presença das suas gravuras.
Abraçou especialmente a actividade teatral e impulsionou os tempos áureos do Grupo Cénico da Sociedade Recreativa 1º de Dezembro. Ele próprio traduziu diversas peças que encenou para o Grupo, assumiu o papel de cenarista, e escreveu três peças de teatro que são uma referência da cultura local da segunda metade do século passado: “Eu e o Meu Chapéu” (1961), “Sombra de um Brilho” (1963) e “O Pregão” (1964).
Como escreveu Mário Rainho – certamente na notícia que lhe terá sido mais “difícil” escrever - «Adolfo Bugalho não morreu, continuará vivo na nossa memória e na história de Castelo de Vide que tanto amou e onde deixou fortes marcas da sua cultura e inteligência». Palavras que hoje recordamos e fazemos nossas. NCV
(Impressão de gravura em madeira de Adolfo Bugalho datada provavelmente de 1943)
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