18 de janeiro de 2007

Interrupção Voluntária da Gravidez: Paróquia local ameaça com “excomunhão” quem votar “Sim” e de “pecado mortal gravíssimo” quem se abstiver

“Os cristãos que votarem “Sim” incorrem numa excomunhão e os cristãos que se abstiverem de votar cometem um pecado mortal gravíssimo que os irá impedir de participar na missa” – pode ler-se na primeira folha do Boletim Paroquial nº 239, datado de 14 de Janeiro.
Apesar da conhecida a posição da Igreja sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez e a sua consequente postura sobre o próximo referendo de 11 de Fevereiro, este pequeno trecho está a causar natural desconforto entre diversos católicos locais. Consideram muitos deles que, neste caso, a postura expressa pela Paróquia ultrapassa largamente as fronteiras da razoabilidade por manifesto exagero numa tentativa considerada "desnecessária e desajustada" de “assustar” os paroquianos, esquecendo mesmo "alguma argumentação teológica e científica mais sólida e coerente normalmente usada pela Igreja" - referiram-nos.
De facto, depois de cotejar sumariamente a posição da Igreja sobre estas matérias, o referido texto do Boletim Paroquial argumenta ainda que “todos os que provocam, aconselham, realizam e colaboram num aborto ficam automaticamente excomungados” e adianta que “nenhum sacerdote pode absolver desta pena sem licença expressa do Sr. Bispo ou do Papa”. © NCV

NOTA IMPORTANTE: Para poder ler o Boletim Paroquial clicar duas vezes de forma sequencial na imagem.

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