A Câmara Municipal de Portalegre anunciou que a capital de Distrito é uma das cidades para onde será transmitida, em directo, a partir do Teatro Nacional de S. Carlos, a estreia mundial da primeira ópera de Emmanuel Nunes no próximo dia 25 de Janeiro, pelas 20:00h com entrada gratuita.
Das Märchen será transmitida em directo para o Centro de Congressos dos Paços do Concelho, numa acção inédita em Portugal e uma iniciativa da RTP e da PT Multimédia em simultâneo, com mais 14 teatros do País, a partir do Teatro de São Carlos. Escrita por um dos mais notáveis compositores do nosso tempo, esta ópera resulta da encomenda conjunta do Teatro Nacional de São Carlos, Fundação Calouste Gulbenkian e Casa da Música.
Das Märchen (em português, “O Conto”) é uma ópera constituída por um prólogo e dois actos, que tem por cenário um grande rio que separa duas margens diferentes e que, no início da narração, nenhuma ponte estável liga.
Numa das margens encontra-se o palácio, o jardim e o lago da Bela Lília.
Na outra margem, há um templo subterrâneo, uma cabana e um quintal que pertencem ao Homem [Velho] com a Lâmpada e à sua mulher (a Velha), e um pântano, próximo do abismo onde dorme a Serpente Verde.
Todas as personagens vivem sob os efeitos de um misterioso feitiço que não lhes permite uma existência plena, estando todas à espera de uma mudança, da qual ouviram falar, mas não sabem como nem quando virá...
Com direcção musical de Peter Rundel, Das Märchen conta com a encenação de Karoline Gruber e ao nível artístico, reúne os nomes de Amanda Miller (na assinatura da Coreografia), Roy Spahn (na concepção da Cenografia), Mechthild Seipel (na assinatura dos Figurinos), Hans Toelstede (no Desenho de luz) e Eric Daubresse (na Realização Informática Musical). © NCV
Emmanuel Nunes iniciou estudos de Harmonia, Contraponto e Fuga na Academia de Música de Lisboa em 1959 com Francine Benoît. A partir de 1960, e até à sua ida para Paris em 1964, estudou Composição com Fernando Lopes-Graça em aulas particulares. A fim de obter uma bolsa de estudos do Ministério da Educação Nacional português, inscreveu-se no CNSM (Conservatoire National Supérieur de Musique) de Paris, nas aulas de Estética de Marcel Beaufils, e obteve o seu primeiro prémio em 1971. Os primeiros concertos de Emmanuel Nunes tiveram lugar na Fundação Gulbenkian em Lisboa em 1970 com Purlieu e em 1971 com Dawn Wo. A sua notoriedade confirma-se com a vinda da Orquestra de Baden Baden a Royan para a estreia de Ruf em 1977 e a reprogramação da obra no mesmo ano no Festival de Donaueschingen, sob a direcção de Ernest Bour. 1992 viria a ser o ano de estreia de Quodlibet para ensemble, seis percussões e orquestra, no Coliseu dos Recreios de Lisboa, obra que foi executada, desde a estreia, cerca de quinze vezes pela Europa. Emmanuel Nunes trabalha regularmente no IRCAM desde 1989, altura em que iniciou a composição de Lichtung I. A partir daí, firmou uma estreitaligação na área da investigação com Eric Daubresse que ainda se verifica. Actualmente estão em curso dois dos seus projectos: um consiste numa ópera segundo o conto de Goethe Das Märchen, e o outro engloba uma série de obras inspiradas na novela de Dostoievski, A Submissa. A sua carreira musical foi homenageada com várias distinções, em particular, com o Prémio CIM-UNESCO em 1999 e o Prémio Pessoa em 2000.
Das Märchen (em português, “O Conto”) é uma ópera constituída por um prólogo e dois actos, que tem por cenário um grande rio que separa duas margens diferentes e que, no início da narração, nenhuma ponte estável liga.
Numa das margens encontra-se o palácio, o jardim e o lago da Bela Lília.
Na outra margem, há um templo subterrâneo, uma cabana e um quintal que pertencem ao Homem [Velho] com a Lâmpada e à sua mulher (a Velha), e um pântano, próximo do abismo onde dorme a Serpente Verde.
Todas as personagens vivem sob os efeitos de um misterioso feitiço que não lhes permite uma existência plena, estando todas à espera de uma mudança, da qual ouviram falar, mas não sabem como nem quando virá...
Com direcção musical de Peter Rundel, Das Märchen conta com a encenação de Karoline Gruber e ao nível artístico, reúne os nomes de Amanda Miller (na assinatura da Coreografia), Roy Spahn (na concepção da Cenografia), Mechthild Seipel (na assinatura dos Figurinos), Hans Toelstede (no Desenho de luz) e Eric Daubresse (na Realização Informática Musical). © NCV
Emmanuel Nunes iniciou estudos de Harmonia, Contraponto e Fuga na Academia de Música de Lisboa em 1959 com Francine Benoît. A partir de 1960, e até à sua ida para Paris em 1964, estudou Composição com Fernando Lopes-Graça em aulas particulares. A fim de obter uma bolsa de estudos do Ministério da Educação Nacional português, inscreveu-se no CNSM (Conservatoire National Supérieur de Musique) de Paris, nas aulas de Estética de Marcel Beaufils, e obteve o seu primeiro prémio em 1971. Os primeiros concertos de Emmanuel Nunes tiveram lugar na Fundação Gulbenkian em Lisboa em 1970 com Purlieu e em 1971 com Dawn Wo. A sua notoriedade confirma-se com a vinda da Orquestra de Baden Baden a Royan para a estreia de Ruf em 1977 e a reprogramação da obra no mesmo ano no Festival de Donaueschingen, sob a direcção de Ernest Bour. 1992 viria a ser o ano de estreia de Quodlibet para ensemble, seis percussões e orquestra, no Coliseu dos Recreios de Lisboa, obra que foi executada, desde a estreia, cerca de quinze vezes pela Europa. Emmanuel Nunes trabalha regularmente no IRCAM desde 1989, altura em que iniciou a composição de Lichtung I. A partir daí, firmou uma estreitaligação na área da investigação com Eric Daubresse que ainda se verifica. Actualmente estão em curso dois dos seus projectos: um consiste numa ópera segundo o conto de Goethe Das Märchen, e o outro engloba uma série de obras inspiradas na novela de Dostoievski, A Submissa. A sua carreira musical foi homenageada com várias distinções, em particular, com o Prémio CIM-UNESCO em 1999 e o Prémio Pessoa em 2000.
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