4 de setembro de 2008

Universidade de Verão Francisco Sá Carneiro:
Carlos Coelho, Rodrigo Moita de Deus, António Vitorino e Pedro Passos Coelho

No seu terceiro dia (Quarta-feira) os 100 jovens participantes na Universidade de Verão do PSD que decorre em Castelo de Vide (Hotel Sol e Serra) até ao próximo Domingo, tiveram como professores Carlos Coelho, Rodrigo Moita de Deus, António Vitorino e Pedro Passos Coelho.
Segundo o relato do “Povo Livre” Online, no painel “Falar Claro”, Carlos Coelho e Rodrigo Moita de Deus deram uma aula repleta de conselhos sobre como comunicar em política, nos diferentes patamares de intervenção.
Foi uma aula que prendeu a atenção dos alunos da Universidade de Verão Francisco Sá Carneiro, que receberam formação em comunicação política.
Carlos Coelho começou por afirmar que “fazer política é comunicar”. A sessão da manhã foi marcada pela interactividade e pela variedade de suportes e meios. Casos práticos, filmes e animações sobre o que deve ou não ser evitado na transmissão das ideias ou na apresentação de uma comunicação fizeram parte do tema da manhã.
Por seu lado, Rodrigo Moita de Deus, escritor, blogger e profissional de comunicação, deixou conselhos úteis para a relação com a comunicação social, tendo respondido, de forma assertiva às pertinentes questões que foram sendo colocadas pelos alunos.
Presença de António Vitorino
O painel da tarde teve como orador António Vitorino, destacado militante do Partido Socialista, ex-ministro da Presidência e da Defesa Nacional e ex-comissário europeu, actualmente a exercer funções no sector privado.
Tal como António Vitorino declarou à comunicação à entrada para a sessão, esta é uma participação que “demonstra o espírito de abertura democrática dos organizadores da Universidade de Verão”.
Num registo franco e sempre bem-disposto, António Vitorino deu aos alunos uma aula sobra a “Europa no Mundo”. António Vitorino iniciou a sua exposição afirmando que “o mundo reclama um protagonismo acrescido da Europa”, mas que essa expectativa não significa que o Mundo fique à espera da Europa. “A natureza tem horror ao vazio”, podendo outros ocupar um espaço que a Europa tem como seu.
Pedro Passos Coelho, economista, Conselheiro Nacional do PSD e antigo Presidente da JSD, foi o conferencista no jantar do terceiro dia da Universidade de Verão Francisco Sá Carneiro.
Na opinião do orador, o país que temos hoje é em muito, o “reflexo da acção e pensamento socialista” que desde 1995 Governou durante nove anos. Para ele, “José Sócrates tem sido uma espécie de Blair e de terceira via à portuguesa, mas esse modelo está a esgotar-se, não apenas em Portugal, e a provar que não consegue reformar o Estado”, afirmou.
Pedro Passos Coelho considera essencial criar um “novo paradigma em termos de funções do Estado”: é importante para Portugal “uma mudança no tipo de Estado que temos ou vamos ficar para trás, como já estamos a ficar”, disse.
O conferencista defendeu, perante os alunos da Universidade de Verão, a “necessidade de reescrever o contrato social, num contexto de isenção, pluralismo, isenção, independência e concorrência”.
Pedro Passos Coelho expôs o seu pensamento sobre as áreas em que o Estado deve estar presente e sobre quais as áreas em que o Estado deve garantir serviços, mas em que não tem que ser prestador”, situação que enforma uma mudança de paradigma.
Contudo, esta “mudança de paradigma têm que ser criados reguladores que funcionem, num contexto em que estes não podem deixar de ter independência orgânica e cujas deliberações sejam respeitadas e acatadas”. © NCV

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