Uma das propostas encontrava-se «em branco», segundo constatou a agência Lusa no local, e a outra, em nome da empresa The Edge Group, ligada ao empresário País do Amaral, continha um valor inferior ao lançado pelo administrador da insolvência.
Fonte judicial disse à Lusa que a proposta apresentada pela empresa de Pais do Amaral situou-se «um pouco acima dos 750 mil euros».
«Não foi efectuada a venda, em virtude da proposta apresentada não reunir as condições de venda publicitadas, seguindo-se agora os ulteriores termos processuais», revelou a mesma fonte.
Em declarações à Lusa, José Luís Pinto Basto, sócio de Pais do Amaral para os investimentos na área turística, escusou a confirmar o valor da proposta apresentada, mas reiterou o interesse do The Edge Group em adquirir o projecto de Marvão.
«Estamos aqui, mais uma vez, nesta hasta para demonstrar o nosso interesse em adquirir o golfe pelo seu valor justo e não pelo valor que estava em cima da mesa», disse.
Segundo Pinto Basto, a proposta foi apresentada «pelo valor actual» que a empresa atribui aos imóveis «no estado em que actualmente se encontram».
Luís Pinto Basto espera agora «manter conversações» com a comissão de credores para que, num futuro próximo, esta venha a decidir se «aceita ou não» as condições avançadas pela empresa The Edge Group.
De acordo com o sócio de Pais do Amaral, assim que a empresa termine o negócio com a comissão de credores, estão logo à partida projectadas «obras de recuperação» do campo de golfe, a continuação da obra do empreendimento e uma intervenção para melhorar o «enquadramento paisagístico» daquele conjunto.
A construção de um hotel com cerca de 100 quartos e a finalização do projecto de aldeamento turístico em redor do golfe é outra das metas que o grupo pretende atingir.
Para que isso aconteça, o Parque Natural da Serra de São Mamede, que classificou aquela área como «protegida», terá que, eventualmente, alterar o processo para que se concluam as obras.
Inaugurado em 1997, o campo de golfe situa-se no centro de uma moldura única em pleno coração do Parque Natural da Serra de São Mamede, tendo sido considerado em 2000 pela Federação Portuguesa de Golfe O Campo do Ano.
Ao abandono há alguns anos, costumando mesmo servir para as ovelhas pastarem, o golfe de Marvão e o empreendimento turístico Aldeia D'Azenha que lhe está adjacente, pertenceram numa fase inicial a
Após a insolvência da empresa de
O mesmo grupo, que já tinha comprado o aldeamento turístico associado ao campo de golfe, a Aldeia d'Azenha, era um dos quatro sócios da Ammaia, integrada também pela empresa de Carlos Melancia.
A empresa de Fernando Barata saiu do projecto por incumprimento de prazos de pagamento à comissão de insolvência, tendo ainda perdido uma caução inicial de cerca de 400 mil euros.
Lusa/SOL
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