Depois de vários anos de
expectativas e de quase um ano de obras, a Variante a Castelo de Vide abriu,
finalmente, ontem ao tráfego.
A obra, promovida pela
Estradas de Portugal e que há muitos anos era desejada pela população, vem
retirar o trânsito, principalmente de veículos pesados, do centro da vila.
Na cerimónia, que teve lugar
numa tenda na zona do Martinho, António Ribeiro usou da palavra para explicar que
"foi há cerca de oito anos que comecei a diligenciar no sentido de esta
obra ir para a frente".
Aproveitando a presença de
Paulo Campos, o presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide lançou um
repto ao Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas, Transportes e
Comunicações, lembrando que "estamos num território periférico e o
Distrito de Portalegre não tem nenhuma auto-estrada. Precisamos de ter um
acesso digno para estas populações e esperamos que no futuro haja uma ligação
que chegue pelo menos ao novo aeroporto em Alcochete", pediu o autarca.
Por sua vez, Paulo Campos
recordou que este investimento vinha sendo solicitado desde a década de 80,
pelos diversos Executivos que passaram pela autarquia castelo-vidense, e frisou
a importância desta Variante à EN246-1 que "vai tirar o tráfego da vila e
com isso melhorar a qualidade de vida da população, bem como as condições de
segurança".
O Secretário de Estado Adjunto
explicou, ainda, aos presentes que investimentos idênticos a este "estão a
ser replicados em todo o Interior porque nós acreditamos que só com uma
política de investimento nestas zonas, que não têm tido investimento nos
últimos anos, se pode potenciar o desenvolvimento e assegurar a igualdade de
oportunidades a todos os portugueses".Já em conversa apenas com a
comunicação social, Paulo Campos deixou claro que acredita que a ligação a
Portalegre por auto-estrada irá concretizar-se no futuro, até porque
"Portalegre não pode ficar de fora, pois assim todo o programa rodoviário
que fizemos, muito concentrado no Interior, não estaria completo".
A cerimónia terminou com uma
viagem inaugural num autocarro que levou os presentes a conhecer os cerca de 2,2 km deste novo troço que
liga o Martinho à Moutosa, tendo ainda um nó de ligação no Sítio do Pasmar,
junto à fábrica Unicer.
O custo da obra da construção da variante ronda os 2 300 000 euros, sendo este um valor que não contempla, por exemplo, as indemnizações aos particulares que cederam os terrenos.
O custo da obra da construção da variante ronda os 2 300 000 euros, sendo este um valor que não contempla, por exemplo, as indemnizações aos particulares que cederam os terrenos.
Também a substituição de
várias centenas de metros de tubagem Inox das condutas de água, suportada pela
Câmara Municipal de Castelo de Vide, pela Unicer e pelo Instituto de Estradas,
não está contabilizada nos 2 300 000 euros.
sta nova conduta fica debaixo
do passeio que ainda recebeu infra-estruturas de saneamento básico (água e
esgotos) da responsabilidade da autarquia.
A Câmara Municipal, para além da cedência dos terrenos do antigo caminho do Pouso, assumiu também o custo do projecto da obra, na ordem dos 78 300 euros.
A Câmara Municipal, para além da cedência dos terrenos do antigo caminho do Pouso, assumiu também o custo do projecto da obra, na ordem dos 78 300 euros.
Importa ainda referir que o
troço da antiga EN246-1 desde a Rotunda da Moutosa até à Rotunda do Martinho
passou a ser Estrada Municipal, ou seja, foi desclassificada, bem como o troço
do cemitério até à Rotunda do Pasmar é igualmente municipal.
A variante passa a pertencer à
EN246-1, à rede nacional de estradas”. © NCV/GCP
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