6 de maio de 2012

GNR divulga estudo sobre a violência doméstica
no distrito de Portalegre em 2011


O Comando Territorial de Portalegre, através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Especificas (NIAVE), da Secção de Investigação Criminal, efectuou uma caracterização exaustiva do crime de violência doméstica, no distrito de Portalegre, durante o ano de 2011. E decidiu divulgar esses dados associando-se à celebração do Dia da Mãe.
Neste estudo apenas estão analisadas as denúncias de violência doméstica, ocorridas no distrito de Portalegre, durante o período em referência, em que as vítimas apresentaram queixa nos Postos Territoriais da Guarda Nacional Republicana.
Fenómeno mantém-se
Em termos médios, o Comando Territorial de Portalegre teve aproximadamente os mesmos valores de denúncias que em anos anteriores. Este valor médio também se aproximou bastante dos Comandos Territoriais com as mesmas características sociodemográficas, nomeadamente com Castelo Branco, Évora e Beja.
A comunicação das situações de violência doméstica foi essencialmente efectuada através do meio presencial, por intermédio das vítimas, revelador do aumento de confiança das mesmas no contacto com a GNR e na subsequente actuação da Guarda.
Apenas 1 caso em Castelo de Vide
No distrito de Portalegre, registaram-se 162 crimes de violência doméstica, em que os concelhos de Ponte de Sôr, Portalegre, Campo Maior e Alter do Chão apresentaram maior índice de criminalidade, com os concelhos de Arronches, Monforte Castelo de Vide Sousel e Sousel a registar o menor número de denúncias.
Analisadas as características sociodemográficas das vítimas, verifica-se que, por norma, são cidadãos portugueses, do sexo feminino, casados ou divorciados (mas que mantêm ou mantiveram uma relação análoga às dos cônjuges), entre os 25 e 45 anos de idade, empregados, com o 9º ano de escolaridade, não dependentes economicamente dos agressores (que são maioritariamente os companheiros ou os cônjuges).
Os suspeitos da prática do crime de violência doméstica, no distrito de Portalegre, durante o ano de 2011 foram, em regra, cidadãos portugueses, do sexo masculino, casados ou solteiros (mas que mantêm ou mantiveram uma relação análoga as dos cônjuges), entre os 25 e 45 anos de idade, empregados, com o 3º ano de escolaridade, não dependentes economicamente das vítimas (maioritariamente as companheiras ou cônjuges).
Ausência de armas mas presença do álcool
Também se constatou que a posse/utilização de armas por parte do agressor foi pouco expressiva, mas que o consumo de bebidas alcoólicas é frequentemente apontado pelas vítimas como umas das principais causas para o comportamento violento dos agressores.
A quase totalidade das intervenções policiais efectuadas pelos elementos da GNR do distrito de Portalegre, no ano de 2011, pela prática do crime de violência doméstica, ocorreu a pedido da vítima.
Ao nível das agressões constata-se que na sua maioria são infligidas em termos psicológicos, seguindo-se a violência física, felizmente sem consequências de maior para as vítimas, apesar de que em quase metade das situações existiram menores a assistir às agressões. Em cerca de um terço destas situações existiu reiteração.
Em termos temporais foi possível apurar que o maior número de situações de violência doméstica ocorre durante os fins-de-semana, entre as 19 e as 01 horas. © NCV

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