No
âmbito da Plataforma Alto Alentejo XXI, decorreu no dia 10 de Maio,
no CS Hotel Montargil, em Montargil,o debate sobre “turismo” que
contou com a presença de 150 participantes, entre autarcas,
empresários, alunos de Turismo da ESE de Portalegre e população em
geral.
O
próximo debate será em Portalegre, no dia 31 de Maio e sobre
“Desenvolvimento Económico e Social - Criação de Emprego”
“O
Alentejo é diferente”
Depois
da sessão de abertura, que contou com intervenções do
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Sor, Hugo Hilário,
do Vice-Presidente do IPP, Albano Siva, e do Presidente da CIMAA,
Armando Varela, foi exibido um filme de diagnóstico e situação do
estado do “turismo no Alto Alentejo”, introdutório do debate e
das intervenções que se seguiram.
Aurora Carapinha, Diretora Regional de Cultura do Alentejo, iniciou a sua intervenção dizendo que “o Alentejo é diferente e temos de perceber o nosso valor” e explicou ainda que é “o diferente” e o “caraterístico” que chama os turistas, e que o Alentejo é muito rico nas suas particularidades. Salientou a importância do Património e da Cultura como sinónimos de Turismo e Economia.
Aurora Carapinha, Diretora Regional de Cultura do Alentejo, iniciou a sua intervenção dizendo que “o Alentejo é diferente e temos de perceber o nosso valor” e explicou ainda que é “o diferente” e o “caraterístico” que chama os turistas, e que o Alentejo é muito rico nas suas particularidades. Salientou a importância do Património e da Cultura como sinónimos de Turismo e Economia.
Proximidade
entre entidades oficiais e as empresas
Ana
Barbosa, da Associação Portuguesa de Empresas de Congressos,
Animação Turística e Eventos declarou que “não há nenhuma
região com tanta proximidade entre as entidades oficiais e as
empresas do ramo, mas que no entanto as coisas custam a avançar”.
Referiu que existem poucas empresas deste ramo no Alentejo, mas que
há muitas, de fora da região, que vêm aqui realizar as suas
atividades, o que diz bem do potencial existente. Salientou ainda a
importância do “turismo natureza” que implica a existência de
percursos sinalizados, limpos conservados, e que mais importante do
que aumentar o seu número é cuidar dos que já existem, o que nem
sempre acontece, apelando às autarquias para que se empenhem na sua
preservação.
Turismo
não é salvação, mas é vantagem...
O
Presidente do Turismo do Alentejo ERT, António Ceia da Silva,
afirmou que o Turismo não é a salvação do território e da sua
economia, mas que conjugado com outros sectores é uma vantagem que o
Alentejo encerra em si e que pode ser ainda muito mais. Afirmou
também que o Turismo, e concretamente a ERT, é “o sector com
maior planeamento, não tem é competências”, desafiando as
entidades responsáveis ao nível nacional e as próprias autarquias
a delegar responsabilidades e tarefas, dado o conhecimento que tem do
território e a articulação que tem com todos os intervenientes e
agentes turísticos.
Património
edificado
Referiu
os exemplos do Património Edificado existente em todo o território,
do Património Natural e do Parque Natural da Serra de S. Mamede, dos
triângulos Elvas/Badajoz/Campo Maior e Castelo de
Vide/Marvão/Portalegre, dos planos de águas interiores, entre
outros, como valores que devidamente explorados têm um potencial de
aproveitamento enorme, tanto mais que, são caraterísticos e únicos,
sem repetição noutros territórios. Deu exemplos da Baja, provas de
BTT, balonismo, as festas do Crato, como eventos dinâmicos que temos
no Alentejo.
Salientou
ainda a importância da requalificação do parque de alojamento mais
antigo nomeadamente em Castelo de Vide, Elvas e Marvão.
Turistas
tradicionais versus turistas atuais
Armando
Rocha, da empresa Neoturis, abordou na sua apresentação a questão
dos turistas tradicionais versus turistas atuais chamando a atenção
para a divulgação em sites da especialidade como Tripadvisor,
Booking e até no Facebook. Terminou a sua intervenção lembrando
que “Não podemos vender quartos mas sim experiências”.
Marketing
territorial e turístico
O
representante da AMBITY, João Paulo Oliveira, questionou porque
razão o turismo e a cultura, que devem andar de mais dadas porque é
que andam de costas voltadas? Congratulou-se com as palavras da
Diretora Regional de Cultura esperando que finalmente seja possível
dar atenção e resolver muitos constrangimentos e situações que
carecem de solução. Chamou a atenção para a importância do
marketing territorial e turístico e para a diversificação dos
mercados.
“Estratégia
de desenvolvimento turístico”
Citando,
José Gil Duarte, da empresa Essentia, “Se não nos identificarmos
com o produto e o vivermos intensamente não o conseguimos vender”.
Salientou a importância fundamental da definição de uma
“estratégia de desenvolvimento turístico” que tenha em conta e
se baseie nos valores que a cultura e as pessoas têm em si, e que
são o fator de diferenciação que carateriza o Alto Alentejo e a
única forma de que o “produto” fique e não passe como uma
simples moda. “o mercado tem excesso de produtos, mas o produto tem
de evidenciar o que nos diferencia. Por isso em vez de se falar tanto
em produtos, fale-se de valores. O produto passa e o valor fica”.
Estratégia
de Desenvolvimento para o Alto Alentejo
Depois
de muitas outras intervenções por parte dos oradores convidados e
do público presente, o Presidente do Conselho Executivo da CIMAA,
Armando Varela encerrou o debate, agradeceu as participações e
colaborações recebidas, e congratulou-se com os contributos que ali
foi possível reunir com vista à definição de uma Estratégia de
Desenvolvimento para o Alto Alentejo, onde o turismo, não sendo a
tábua de salvação é com certeza um meio fundamental e
imprescindível para os objetivos de gerar riqueza, criar emprego,
travar o despovoamento. ©
NCV
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