6 de junho de 2012

Manifesto a favor da Escola de Póvoa e Meadas
recolheu 355 assinaturas em poucos dias


Um grupo de pais e encarregados de educação de alunos do primeiro ciclo e do jardim-de-infância de Póvoa e Meadas promoveram um abaixo assinado relativo à possibilidade de encerramento da escola da localidade que está de novo a ser equacionada este ano pelo Ministério de Educação.
O documento esteve disponível para assinatura em todos os estabelecimentos comerciais da localidade que aceitaram colaborara na iniciativa, e recolheu 355 assinaturas, tendo já sido entregue na Câmara Municipal de Castelo de Vide, que se deverá pronunciar formalmente sobre o assunto na sua reunião de hoje.
De acordo com Paulo Dona, um dos entusiastas desta acção, o manifesto subscrito será ainda enviado “nos próximos dias segue para outros destinos que achámos importantes que o recebem” enumera alguns “pontos essenciais” que justificam que a escola se mantenha em funcionamento.
Pré-escolar a crescer até 2015/2016
Por um lado o documento refere “a crescente fixação de casais jovens, como prova o crescente número de crianças que virão a frequentar o Pré – Escolar até ao ano 2015/2016 – 5 em 2012/2013, 10 em 2013/2014, 13 em 2014/2015 e 17 em 2015/2016”, para sublinhar que “com o fecho esta tendência poderá reverter e a médio prazo ficar uma população bastante reduzida e envelhecida”.
Adianta-se que “o aproveitamento dos alunos da escola é bastante bom, quer no 1º ciclo quer ao longo do seu percurso escolar (comprova-o os resultados das provas de aferição de 2010/2011, e o aproveitamento dos mesmos alunos no corrente ano lectivo)”.
Ambiente escolar "acolhedor e maternal”
Por outro lado, “as nossas crianças podem usufruir de um ambiente escolar acolhedor e maternal”, quer devido às “excelentes condições da escola, tanto em equipamento recentemente renovado, com espaços amplos de trabalho e ludoteca, como espaços exteriores para recreio e actividades”, quer porque “as crianças contam com a prestação de um serviço de refeições de qualidade e higiene, com complemento de Apoio à Família e Actividades de Enriquecimento Curricular”
Finalmente, o manifesto argumenta que “retirar os jovens da aprendizagem e assimilação das tradições e costumes locais, é como lhes arrancar as raízes culturais, e a primeira infância impõe-se como crucial para a apropriação pelas crianças da sua cultura e raízes” e recorda que “o sair cedo e regressar tarde compromete a consolidação, aprofundamento e acompanhamento das temáticas leccionadas durante o dia”. © NCV

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