Um grupo de pais e encarregados de educação de alunos do primeiro ciclo e do jardim-de-infância de Póvoa e Meadas promoveram um abaixo assinado relativo à possibilidade de encerramento da escola da localidade que está de novo a ser equacionada este ano pelo Ministério de Educação.
O
documento esteve disponível para assinatura em todos os
estabelecimentos comerciais da localidade que aceitaram colaborara na
iniciativa, e recolheu 355 assinaturas, tendo já sido entregue na
Câmara Municipal de Castelo de Vide, que se deverá pronunciar
formalmente sobre o assunto na sua reunião de hoje.
De
acordo com Paulo Dona, um dos entusiastas desta acção, o manifesto
subscrito será ainda enviado “nos
próximos dias segue para outros destinos que achámos importantes
que o recebem” enumera alguns “pontos essenciais” que
justificam que a escola se mantenha em funcionamento.
Pré-escolar
a crescer até 2015/2016
Por
um lado o documento refere “a crescente fixação de casais jovens,
como prova o crescente número de crianças que virão a frequentar o
Pré – Escolar até ao ano 2015/2016 – 5 em 2012/2013, 10 em
2013/2014, 13 em 2014/2015 e 17 em 2015/2016”, para sublinhar que
“com o fecho esta tendência poderá reverter e a médio prazo
ficar uma população bastante reduzida e envelhecida”.
Adianta-se
que “o
aproveitamento dos alunos da escola é bastante bom, quer no 1º
ciclo quer ao longo do seu percurso escolar (comprova-o os resultados
das provas de aferição de 2010/2011, e o aproveitamento dos mesmos
alunos no corrente ano lectivo)”.
Ambiente escolar "acolhedor e maternal”
Por
outro lado, “as nossas crianças podem usufruir de um ambiente
escolar acolhedor e maternal”, quer devido às “excelentes
condições da escola, tanto em equipamento recentemente renovado,
com espaços amplos de trabalho e ludoteca, como espaços exteriores
para recreio e actividades”, quer porque “as crianças contam
com a prestação de um serviço de refeições de qualidade e
higiene, com complemento de Apoio à Família e Actividades de
Enriquecimento Curricular”
Finalmente,
o manifesto argumenta que “retirar os jovens da aprendizagem e
assimilação das tradições e costumes locais, é como lhes
arrancar as raízes culturais, e a primeira infância impõe-se como
crucial para a apropriação pelas crianças da sua cultura e raízes”
e recorda que “o sair cedo e regressar tarde compromete a
consolidação, aprofundamento e acompanhamento das temáticas
leccionadas durante o dia”. ©
NCV
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