A pressão dos 500 anos de história que pesam sobre o Foral de Marvão "evidenciavam-se já no seu frágil estado de conservação". Entendeu por isso a Câmara de Marvão promover o seu tratamento e estudo cujos resultados serão apresentados publicamente hoje, dia 1 de Junho de 2012, às 18 horas, "no mesmo edifício onde há 500 anos o foral foi entregue ao município – a Câmara Velha, actual Casa da Cultura de Marvão".
No dia 1 de Junho de 1512, em Lisboa, El-Rei D.Manuel I assinava a nova Carta de Foral de Marvão. O primeiro foral, datado de 1226, tal como a maioria dos forais antigos estava ultrapassado e obsoleto. Desde há muito que se vinha sentindo a necessidade de se reformularem os velhos documentos. Foi com D. Manuel que, por fim, se procedeu à referida reforma. Os forais de leitura nova, como também são chamados, enquadram-se no espírito da centralização do poder que à época se instituía, mas, sobretudo, pretendiam uniformizar as relações entre o poder régio, os concelhos, o povo e os titulares.
"Quinhentos anos passados sobre o importantíssimo documento que se guarda nos Paços do Concelho entendeu a Câmara de Marvão, por unanimidade, promover a sua reprodução, leitura actualizada, tratamento e análise material. Para que para a posteridade se conheçam os trabalhos realizados no foral promoveu o Município de Marvão um número especial da sua revista cultural, Ibn Maruán, onde se publicam os estudos produzidos".
Para além da reprodução facsimile, da sua leitura e contextualização histórica, publicam-se os resultados das pormenorizadas análises químicas a que foi submetido o documento, realizadas no Laboratório Hércules da Universidade de Évora e descrevem-se as acções de conservação efectuadas por empresa da especialidade. © NCV
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