Uma
empresa local, a Além+ - Animação e Actividades de Ar Livre, do empresário
local Rui Roque Moura, vai desenvolver atividades náuticas na barragem durante
todo o ano. Para tal a Câmara Municipal de Castelo de Vide cedeu-lhe “a título
gratuito, e pelo prazo de 5 anos, renovável, as embarcações, o contentor e o
espaço necessário mediante um acordo a celebrar (…) onde serão definidas as
condições de cedência e as respectivas contrapartidas”. A empresa
“compromete-se a licenciar a atividade que pretende desenvolver”.
Sabe-se
já entretanto que, entre estas contrapartidas, a empresa deverá “assegurar o
desenvolvimento gratuito de atividades organizadas pelo Município e pelo
grupamento de Escolas de Castelo de Vide, desde que solicitado com uma
antecedência razoável”.
Empresa Costa e Carvalho
oferece contentor
O
contentor a que se refere a cedência é um contentor ferramenteiro de seis metros
doado pela empresa Costa e Carvalho à Câmara Municipal e formalmente aceite
pela Autarquia na mesma reunião do Executivo e imediatamente antes de ter sido
debatido o requerimento da empresa Além+”. A aceitação desta doação pela
empresa de Alcobaça residiu em que “o Município não dispõe junto à albufeira de
Póvoa e Meadas de um local para armazenamento de materiais relacionados com a
prática de desportos náuticos, bem como para as ferramentas utilizadas aquando
das limpezas na área adjacente (roçadouras, motosserras, etc) e para abrigo dos
trabalhadores em caso de mau tempo”.
“Rentabilidade social”
O
vereador Daniel Carreiras da Silva sublinhou que “a rentabilidade social da
aquisição destas embarcações é a sua utilização pela população residente ou visitante,
dinamizando inequivocamente todo o espaço da Albufeira de Póvoa e Meadas na
certeza de que outra qualquer solução seria bem mais onerosa para o Município
de Castelo de Vide, dada a necessidade de contratar vários funcionários com
formação e capacidade técnica para desenvolver as atividades náuticas,
nomeadamente formação de socorro e salvamento, a que acresceriam também
despesas de seguros e de licenciamento das mesmas”.
“É de todo o interesse
municipal”
Quanto
à empresa beneficiária da decisão, Daniel Carreiras da Silva mencionou o facto
de se tratar de uma empresa sediada no concelho, “criada por um jovem
residente, contrariando os movimentos de desertificação a que temos vindo a
assistir neste território”. “É de todo o interesse municipal incrementar e
dinamizar o turismo na Albufeira de Póvoa e Meadas”, referiu, acrescentando
“estarem reunidas todas as condições para levar por diante esta cedência, desde
que seja estipulado um prazo temporal que permita inverter o sentido desta
cedência caso se conclua que as atividades não estão a decorrer conforme
previsto”.
Dar a mão aos munícipes
Para
o vereador Rui Miranda, “uma das missões das autarquias locais é a de zelar
pelos munícipes e “dar-lhes a mão” quando estes tentam continuar a trabalhar e
a viver na terra que os viu nascer, e onde se sente tanto a falta de
empreendedorismo”.
Em
declaração de voto, o vice-presidente António Pita fez questão de “referir que
esta cedência vem potenciar o “espírito” de uma candidatura apresentada pelo
Município, onde foi contemplada a compra das embarcações”.
“A
prática destes desportos na albufeira da Barragem de Póvoa e Meadas só vai
trazer vantagens para o concelho”, adiantou o autarca, referindo ainda que a
Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia “têm vindo a investir muito no espaço
envolvente da Albufeira, com a concessão de pesca, o parque de caravanismo, a
limpeza e desmatação, etc.”.
“Mais um ponto de
atração turística”
“Tudo
isto tem um objetivo comum, que é o de oferecer mais um ponto de atração
turística, pelo que a prática de desportos náuticos vai complementar em muito
todo o investimento que (…) ali tem vindo a ser feito”.
Quanto
ao empreendedor, “trata-se de um jovem desempregado que mostra ter capacidade
de risco, caso contrário não criava uma empresa nesta altura, pelo que deve ser
apoiado e ajudado”. © NCV
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