30 de agosto de 2012

Empresa local Além+ vai desenvolver actividades náuticas na barragem durante todo o ano


Uma empresa local, a Além+ - Animação e Actividades de Ar Livre, do empresário local Rui Roque Moura, vai desenvolver atividades náuticas na barragem durante todo o ano. Para tal a Câmara Municipal de Castelo de Vide cedeu-lhe “a título gratuito, e pelo prazo de 5 anos, renovável, as embarcações, o contentor e o espaço necessário mediante um acordo a celebrar (…) onde serão definidas as condições de cedência e as respectivas contrapartidas”. A empresa “compromete-se a licenciar a atividade que pretende desenvolver”.
Sabe-se já entretanto que, entre estas contrapartidas, a empresa deverá “assegurar o desenvolvimento gratuito de atividades organizadas pelo Município e pelo grupamento de Escolas de Castelo de Vide, desde que solicitado com uma antecedência razoável”.
Empresa Costa e Carvalho oferece contentor
O contentor a que se refere a cedência é um contentor ferramenteiro de seis metros doado pela empresa Costa e Carvalho à Câmara Municipal e formalmente aceite pela Autarquia na mesma reunião do Executivo e imediatamente antes de ter sido debatido o requerimento da empresa Além+”. A aceitação desta doação pela empresa de Alcobaça residiu em que “o Município não dispõe junto à albufeira de Póvoa e Meadas de um local para armazenamento de materiais relacionados com a prática de desportos náuticos, bem como para as ferramentas utilizadas aquando das limpezas na área adjacente (roçadouras, motosserras, etc) e para abrigo dos trabalhadores em caso de mau tempo”.
“Rentabilidade social”
O vereador Daniel Carreiras da Silva sublinhou que “a rentabilidade social da aquisição destas embarcações é a sua utilização pela população residente ou visitante, dinamizando inequivocamente todo o espaço da Albufeira de Póvoa e Meadas na certeza de que outra qualquer solução seria bem mais onerosa para o Município de Castelo de Vide, dada a necessidade de contratar vários funcionários com formação e capacidade técnica para desenvolver as atividades náuticas, nomeadamente formação de socorro e salvamento, a que acresceriam também despesas de seguros e de licenciamento das mesmas”.
“É de todo o interesse municipal”
Quanto à empresa beneficiária da decisão, Daniel Carreiras da Silva mencionou o facto de se tratar de uma empresa sediada no concelho, “criada por um jovem residente, contrariando os movimentos de desertificação a que temos vindo a assistir neste território”. “É de todo o interesse municipal incrementar e dinamizar o turismo na Albufeira de Póvoa e Meadas”, referiu, acrescentando “estarem reunidas todas as condições para levar por diante esta cedência, desde que seja estipulado um prazo temporal que permita inverter o sentido desta cedência caso se conclua que as atividades não estão a decorrer conforme previsto”.
Dar a mão aos munícipes
Para o vereador Rui Miranda, “uma das missões das autarquias locais é a de zelar pelos munícipes e “dar-lhes a mão” quando estes tentam continuar a trabalhar e a viver na terra que os viu nascer, e onde se sente tanto a falta de empreendedorismo”.
Em declaração de voto, o vice-presidente António Pita fez questão de “referir que esta cedência vem potenciar o “espírito” de uma candidatura apresentada pelo Município, onde foi contemplada a compra das embarcações”.
“A prática destes desportos na albufeira da Barragem de Póvoa e Meadas só vai trazer vantagens para o concelho”, adiantou o autarca, referindo ainda que a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia “têm vindo a investir muito no espaço envolvente da Albufeira, com a concessão de pesca, o parque de caravanismo, a limpeza e desmatação, etc.”.
“Mais um ponto de atração turística”
“Tudo isto tem um objetivo comum, que é o de oferecer mais um ponto de atração turística, pelo que a prática de desportos náuticos vai complementar em muito todo o investimento que (…) ali tem vindo a ser feito”.
Quanto ao empreendedor, “trata-se de um jovem desempregado que mostra ter capacidade de risco, caso contrário não criava uma empresa nesta altura, pelo que deve ser apoiado e ajudado”. © NCV

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