As Redes de Judiarias de Portugal e Espanha vão rubricar no próximo dia 28 de Junho em Ávila (Espanha), um protocolo de colaboração para “impulsionar em conjunto todo o legado sefardita da Península Ibérica”.
Assim ficou acordado numa reunião entre os dirigentes de ambas as redes que teve lugar na passada sexta-feira, dia 19 de Abril, em Ávila por ocasião da realização da assembleia geral da rede espanhola.
Presentes estiveram os presidentes de ambas as redes (o alcalde de Ávila, Miguel Ángel García Nieto, e o Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Ribeiro.
Durante a reunião que teve lugar no Palácio de Los Verdugo os dois dirigentes estiveram acompanhados pelo vice-presidente da rede portuguesa e Presidente da Câmara de Trancoso, Júlio Sarmento e pelos secretários gerais das duas instituições, Jorge Patrão e Asunción Hosta.
Decididos 2 projectos conjuntos
No encontro ficou ainda desde já decidido avançar com dois projectos conjuntos. Por um lado, a realização de encontros transfronteiriços luso-espanhóis anuais; e por outro, a concretização de rotas turísticas de proximidade entre as localidades de ambos os países que fazem parte das Redes de Judiarias.
Esta reunião terminou com a entrega pelo alcalde de Ávila à delegação portuguesa de um exemplar de “Ávila viva”, com imagens da cidade, e de dois livros sobre la herança judaica nas 24 cidades que integram a rede e a cozinha sefardita.
Coincidência de pontos de vista
Na ocasião, Miguel Ángel García Nieto referiu à imprensa do país vizinho a coincidência de pontos de vista com os vizinhos portugueses sobre que “todos os focos judaicos do mundo estão colocados sobre a a Península Ibérica e qualquer aproximação que tenhamos será muito bem recebida”.
“A cultura judaica faz parte do nosso património"
Por seu lado, o secretário-geral da Rede de Judiarias de Portugal, Jorge Patrão, sublinhou que a rede espanhola, composta por 24 cidades, é um exemplo para Portugal, onde o projecto começou há 2 anos e conta actualmente com 19 municípios de seis regiões turísticas, com três comunidades judaicas, entre as quais se destaca a de Belmonte, por ser «a única da Península Ibérica em que a organização judia não se dissolveu e resistiu com uma população significativa”.
“A cultura judaica faz parte do nosso património e queremos que chegue a toda a população”, comentou. © NCV
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