O Projeto “Rugas na Memória… Continue a Viver” tem como missão favorecer a solidariedade social, comunitária e familiar no apoio aos doentes de Alzheimer, ajudando a prevenir problemas sociais graves que podem ocorrer no futuro, no distrito de Portalegre, pela elevada taxa de envelhecimento demográfico conhecida. Para tal, criou um gabinete composto por uma equipa multi e interdisciplinar, de forma a intervir diretamente com os utentes através de estratégias terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas e reabilitativas (psicoestimulação e estimulação motora ao nível dos principais grupos musculares que garantem a mobilidade do doente); com os seus cuidadores, desenvolvendo respostas às necessidades identificadas e implementando grupos de autoajuda; e com a comunidade em geral, através de ações de sensibilização e mobilização da sociedade civil sobre a doença de Alzheimer.
Projecto de cariz intervencional
O projeto é co-financiado pela Direção Geral de Saúde e pela Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação de Portalegre prevendo várias parcerias com organismos a nível regional e nacional.
A inovação deste gabinete centra-se na amplitude da população alvo do projeto, criando medidas de apoio aos cuidadores quer através de disseminação de informação pertinente sobre a doença e apoio social quer proporcionando períodos de alívio de responsabilidade do cuidador.
Simultaneamente, pretende assumir-se como principal educador na comunidade relativamente à doença em causa. O projeto demarca-se pelo seu cariz intervencional e assume-se como elo da cadeia do apoio social e de saúde a doentes e cuidadores.
Segundo a Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, representando entre 50 a 70%. A demência pode acontecer a qualquer um, mas é mais comum após os 65 anos de idade.
Cenário de envelhecimento
Segundo dados do INE a população residente em Portalegre tem vindo a diminuir, contrariamente ao aumento da população residente com mais de 65 anos que tem vindo a aumentar progressivamente entre 2001 e 2009, com uma ligeira diminuição em 2011 e 2012. Este cenário de envelhecimento da população é comprovado pelo índice de envelhecimento que em 2012 se fixava nos 182,8, e pelo índice de dependência de idosos que mostra que existem 38,1 idosos por cada 100 indivíduos em idade ativa.
Objectivo: adiar a institucionalização
Em função das necessidades identificadas no diagnóstico, o Plano de Desenvolvimento Social define como carência relevante a “inexistência de instituições no distrito para inserção e intervenção com doentes de Alzheimer”, estando identificado como proposta de intervenção para resolução da problemática a “criação de estruturas e equipamentos que deem resposta a estas necessidades.” Foi com base neste diagnóstico que emergiu o presente projeto, com o objetivo de prestar cuidados, no meio menos restritivo possível, visando adiar a institucionalização, tal como preconizado no Plano Nacional de Saúde Mental (2007-2016). © NCV
Para solicitar mais informações sobre este projecto use o email rugasnamemoriacvp@gmail.com ou o telemóvel 961035991.
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