A
deputada do PS Sandra Cardoso criticou o modelo de funcionamento
das urgências do hospital de Portalegre, referindo que a unidade
está “permanentemente sobrelotada”, com doentes "internados
em camas nos corredores e em cadeirões”.
Em
declarações à agência Lusa, a deputada, eleita pelo círculo
eleitoral de Portalegre, disse que o “problema” do serviço de
urgências em Portalegre é “estrutural e permanente”, o que
conduz à “exaustação” dos profissionais e a um atendimento
“menos adequado”.
No
diagnóstico apresentado, após um conjunto de reuniões com
representantes da Ordem dos Médicos e com a Secção Regional do Sul
da Ordem dos Enfermeiros, a deputada socialista refere ainda que se
verifica uma “redução drástica” no número de camas no serviço
de urgências.
“Houve
uma redução drástica de camas de internamento, o que leva a que os
doentes estejam nas urgências em cadeirões e camas pelos
corredores”, disse.
Segundo
Sandra Cardoso, o serviço de urgências do hospital de Portalegre
vive também com “uma grande falta” de recursos humanos,
nomeadamente de médicos, situação que “coloca em causa o
funcionamento de algumas valências".
A
deputada criticou ainda a alegada “redução drástica de
enfermeiros” e alertou que se "começa também a sentir a
falta de auxiliares e de outro tipo de profissionais” ligados à
saúde.
“A
situação deve-se ao desinvestimento e enfraquecimento nos últimos
três anos na área da saúde. Não houve políticas estruturais
nesta área e a tão prevista reforma hospitalar não foi colocada em
prática”, lamentou.
Considerando
que o governo PSD/CDS-PP “apenas desenvolveu medidas avulsas e
desenquadradas”, Sandra Cardoso disse que, perante as políticas
desenvolvidas, “está neste momento em causa” o Serviço Nacional
de Saúde.
A
Lusa tentou obter uma reação da administração às críticas da
deputada socialista, mas o porta-voz da Unidade Local de Saúde do
Norte Alentejano (ULSNA), Ilídio Pinto Cardoso, informou que os
responsáveis não iriam fazer quaisquer comentários. ©
Lusa/NCV
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