25 de fevereiro de 2015

PS critica "permanente sobrelotação"
das urgências no hospital de Portalegre


A deputada do PS Sandra Cardoso criticou o modelo de funcionamento das urgências do hospital de Portalegre, referindo que a unidade está “permanentemente sobrelotada”, com doentes "internados em camas nos corredores e em cadeirões”.
Em declarações à agência Lusa, a deputada, eleita pelo círculo eleitoral de Portalegre, disse que o “problema” do serviço de urgências em Portalegre é “estrutural e permanente”, o que conduz à “exaustação” dos profissionais e a um atendimento “menos adequado”.
No diagnóstico apresentado, após um conjunto de reuniões com representantes da Ordem dos Médicos e com a Secção Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros, a deputada socialista refere ainda que se verifica uma “redução drástica” no número de camas no serviço de urgências.
“Houve uma redução drástica de camas de internamento, o que leva a que os doentes estejam nas urgências em cadeirões e camas pelos corredores”, disse.
Segundo Sandra Cardoso, o serviço de urgências do hospital de Portalegre vive também com “uma grande falta” de recursos humanos, nomeadamente de médicos, situação que “coloca em causa o funcionamento de algumas valências".
A deputada criticou ainda a alegada “redução drástica de enfermeiros” e alertou que se "começa também a sentir a falta de auxiliares e de outro tipo de profissionais” ligados à saúde.
“A situação deve-se ao desinvestimento e enfraquecimento nos últimos três anos na área da saúde. Não houve políticas estruturais nesta área e a tão prevista reforma hospitalar não foi colocada em prática”, lamentou.
Considerando que o governo PSD/CDS-PP “apenas desenvolveu medidas avulsas e desenquadradas”, Sandra Cardoso disse que, perante as políticas desenvolvidas, “está neste momento em causa” o Serviço Nacional de Saúde.
A Lusa tentou obter uma reação da administração às críticas da deputada socialista, mas o porta-voz da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), Ilídio Pinto Cardoso, informou que os responsáveis não iriam fazer quaisquer comentários. © Lusa/NCV

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