25 de março de 2015

Mapa de orientação para a zona da Amieira/Barregão no NAOM 2016 em elaboração

A próxima edição do Norte Alentejo O'Meeting (NAOM) está já em preparação. Ao longo das últimas semansa, os cartógrafos profissionais Tiago Aires e Raquel Costa avançaram com o levantamento de terreno para preparar o mapa de orientação referente à zona da Amieira e do Barregão, numa área de 4 Km2.

A cartografia do território é um trabalho fundamental para uma prova de corrida de orientação como o NAOM, que pretende oferecer aos participantes bons terrenos, mapas e percursos. "A cartografia do terreno, bem como o percurso traçado sobre o mapa são os pilares onde assenta toda a prova de Orientação e o NAOM não é exceção", comentam os cartógrafos que, no fundo, estão a criar a ferramenta indispensável para a prática desta modalidade desportiva. Neste tipo de mapas, a uma escala de 1/10.000, o terreno é representado com detalhe através de uma simbologia própria, reconhecida internacionalmente, para orientar os participantes. "Estão representados elementos rochosos, muito característicos aqui desta zona, com a sua forma e dimensão, e também a vegetação, que varia na densidade e tipologia. E é através desta informação do mapa e de outras - como caminhos, muros, veda© Susana Serra/CMCV/NCVções, casas e lagos - que as pessoas que realizam o percurso tentam compreender o terreno, saber em que local se encontram e definir o trajeto a seguir", explicam Raquel Costa e Tiago Aires.
A área, escolhida para a próxima edição, demonstra a mesma tipologia de território do NAOM 2015, através da presença de afloramentos rochosos. "O desafio dos terrenos pedregosos, com enormes canchos continua. Os solos verdejantes por alturas de Fevereiro alternados com o labirinto de rochas, bosquetes de carvalhos e afloramentos rochosos vão ser uma constante na próxima edição de 2016, que será World Ranking Event - pontuável para o ranking mundial", adiantam.
Sendo o espaço da Amieira e do Barregão uma área mais humanizada, poder-se-iam levantar algumas dificuldades ao trabalho de cartografia, mas tal não aconteceu devido aos contactos prévios com os proprietários. Para os cartógrafos, este tipo de zonas promove uma maior interação com os habitantes, pelo que "torna-se até motivante encontrar os residentes e trocar dois dedos de conversa". Quanto ao trabalho em si, "as áreas humanizadas são mais simples e rápidas de desenhar do que os montes repletos de rochas, não tendo por isso uma dificuldade acrescida", completam.
Do ponto de vista de Raquel Costa e Tiago Aires, o concelho de Castelo de Vide revela-se uma fonte abundante de terrenos com potencialidade para a prática da corrida de orientação. Deste modo, confiam no município para manter o apoio ao NAOM. "Assim haja essa consciência para continuar a apoiar este projeto de mais-valia para a região, que atrai todos os anos centenas de pessoas. A valorização da riqueza natural e a contribuição deste evento para a economia local em altura de época baixa são fatores positivos que justificam o trabalho envolvido na preparação de cada NAOM", defendem os cartógrafos, que são profissionais de mapas de orientação há nove anos. © Susana Serra/CMCV/NCV

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