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Quatro paredes caiadas,
um cheirinho á alecrim,
um cacho de uvas doiradas,
duas rosas num jardim,
um São José de azulejo
sob um sol de primavera,
uma promessa de beijos
dois braços à minha espera...
É uma casa portuguesa, com certeza!
Amália popularizou assim o paradigma salazarista da casa portuguesa - pobrezinha mas limpinha. Tão limpinha que era proibido escrever nas paredes. Mas, neste caso, a preocupação do ditador era mais política do que estética. É que, desde a década de 40, foram aparecendo, em algumas paredes caiadas do Alentejo, frases negras contra a fome. © Jorge Rosa/NCV


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