“A União dos Sindicatos
do Norte Alentejano (USNA) repudia a atitude de retaliação do Sr. Presidente da
Câmara do Crato face ao justo processo de luta levada a cabo pelos professores
e seu sindicato de classe, o Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS),
contra a Municipalização da Educação.
Os trabalhadores da
escola EB/JI Professora Ana Maria Ferreira Gordo do Crato foram os únicos
trabalhadores desta autarquia que não foram pagos esta segunda-feira mas não
estão sozinhos! O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do
Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA) bem como o Sindicato dos Trabalhadores da Administração
Local (STAL) rapidamente se dirigiram à escola prestando a sua solidariedade e
encetando os meios jurídicos necessários para que a situação se resolva o mais
rapidamente possível. Estes trabalhadores, como já afirmaram o STFPSSRA e o
STAL, estão afetos à autarquia desde 2009 e nada têm a ver com a justa providência
cautelar interposta pelo SPZS que suspende o processo de Municipalização da
Educação! O não pagamento dos seus vencimentos não tem a menor base legal, é
crime, e foi a única forma de retaliação encontrada pelo Sr. Presidente da
Câmara do Crato contra a luta que vem sendo desenvolvida pelos trabalhadores e
seu movimento sindical de classe, a CGTP-IN.
A USNA quer mais uma
vez reafirmar a necessidade de travar o processo de municipalização da educação
que está em curso sem que nenhuma das partes envolvidas fosse ouvida excepto os
que estão já comprometidos com a politica de destruição do estado social. A
municipalização da educação significará mais professores sem colocação, menos funcionários
a apoiarem as actividades lectivas, a concentração dos alunos em centros escolares,
em turmas sobrelotadas e consequente encerramento de escolas um pouco por todo
o país mas sobretudo nas aldeias do interior, a determinação de um currículo
mais pobre, na prática mais um passo rumo à efectivação de um país a várias
velocidades.
Só a luta dos
trabalhadores e das populações pode travar esta e outras ofensivas de
destruição do que foi construído com a revolução de Abril!”
A Comissão Executiva da USNA/cgtp-in

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