O projeto de estratégia municipal de adaptação às alterações climáticas foi debatido, a dia 13 de Novembro, no Centro Municipal de Cultura de Castelo de Vide. No workshop estiveram presentes representantes locais de entidades autárquicas e de instituições com responsabilidades no ordenamento e gestão do território. A organização esteve a cargo de técnicos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e da Câmara Municipal de Castelo de Vide.
Cinco mesas de trabalho
O trabalho consistiu na constituição de cinco mesas de trabalho, onde foram debatidos diversos temas no âmbito das alterações climáticas com relevância para o concelho, tais como Recursos Hídricos e Florestas e Incêndios. No final do workshop foram apresentadas conclusões de cada uma das mesas de trabalho, as quais darão um importante contributo para o desenvolvimento da EMAAC (Estratégias Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas).
O Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide agradeceu a disponibilidade dos presentes para discutir as diversas temáticas face ao âmbito das alterações climáticas. "É importante o vosso contributo para a estratégia apresentada no final deste trabalho. Temos aqui uma grande responsabilidade devido à riqueza da nossa biodiversidade, uma vez que o concelho está integrado no Parque Natural da Serra de São Mamede". Agradeceu ainda a Luísa Schmidt o convite feito à Câmara para integrar o projeto nesta fase pioneira.
Provável agravamento das vulnerabilidades
Para a contextualização da situação atual do concelho, os técnicos João Dona e José Dias, fizeram uma pequena apresentação. João Dona, técnico do gabinete florestal, debruçou-se sobre o processo de retificação das vulnerabilidades atuais e futuras do concelho nesta temática. De acordo com o estudo feito, afirma ser provável o agravamento das vulnerabilidades no futuro, nomeadamente com a diminuição da precipitação anual e o aumento desta em curtos períodos de tempo, levando a um maior número de cheias e inundações, como também se prevê o aumento da temperatura e ondas de calor.
Vulnerabilidades também nas infraestruturas
Segundo José Dias, técnico de obras e urbanismo, as vulnerabilidades também estão presentes nas infraestruturas do concelho, uma vez que existem zonas com alojamentos em tipologia anteriores a 1960, principalmente na Junta de Freguesia de Póvoa e Meadas. É também nesta região que se encontra a maior concentração de população com idade superior a 65 anos, a qual teoricamente apresenta uma maior susceptibilidade às alterações climáticas. Referiu ainda quais as opções de adaptação identificados até à data para o concelho de Castelo de Vide.
Vídeo apresentação de Filipe Duarte Santos
Ausente no workshop esteve Filipe Duarte Santos, coordenador do projeto, uma vez que se encontrava no estrangeiro em trabalho. Para demonstrar a importância da análise desta temática, enviou um vídeo apresentado aos participantes, onde refere a importância de se fazer uma análise retrospetiva e atual do clima em Portugal. Só com base nessas conclusões, afirma ser possível se melhorar o cenário futuro, que se apresenta pouco promissor seguindo as atuais medidas aplicadas.
Importa referir que o ClimAdaPT.Local é um projeto integrado no Programa Adapt, gerido pela Agência Portuguesa do Ambiente. Está a ser desenvolvido por técnicos do Instituto das Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e integra vinte e seis municípios, onde está inserido o de Castelo de Vide. © CMCV/NCV
(Título e subtítulos da responsabilidade da Redação do NCV)
Ver mais informação AQUI.
Sem comentários:
Enviar um comentário