A candidatura das Fortalezas Abaluartadas da Raia Luso-Espanhola, promovida por Almeida, Elvas, Marvão e Valença, já está inscrita na Lista Indicativa de Portugal, da UNESCO, rumo à classificação como Património Mundial, anunciou a Câmara Municipal de Marvão.
A candidatura foca-se no Sistema Defensivo das Fortalezas Abaluartadas da Raia Luso-Espanhola, na cultura raiana e na sua localização num espaço que confina uma das linhas de fronteira mais antigas do mundo. Com este argumento, os municípios proponentes alcançaram, da Comissão Nacional da UNESCO (passo obrigatório para a obtenção da classificação), a inclusão das Fortalezas Abaluartadas da Raia na Lista Indicativa de Portugal a Património Mundial da UNESCO.
As Fortalezas Abaluartadas foram estruturas defensivas de guerra que, nos últimos séculos, se transformaram em monumentos de paz e em espaços únicos de história, de cultura e de relação e vivência humanas. Os seus modelos arquitetónicos refletem, nos momentos das suas construções, inovação e soluções únicas, adaptadas a estruturas amuralhadas, construídas no decurso do tempo, sobretudo a partir do século XII, e à geomorfologia do terreno de cada sítio.
Único à escala mundial, este sistema defensivo apresenta-se com um carácter de excecionalidade, potenciador da conservação deste legado patrimonial e dinamizador da cultura e do turismo. A obtenção do galardão da UNESCO trará grandes vantagens para este território raiano e para Portugal, enriquecendo também a lista de bens já classificados como Património Mundial.
Os representantes dos quatro municípios declararam o "alto interesse cultural que representa, para o País e para a Humanidade, o futuro reconhecimento internacional de um património ímpar no contexto da civilização europeia", como "exemplares únicos da arquitetura militar dos séculos XVII e XVIII, a par do valor intangível da Paz e do relacionamento entre os Povos".
Os municípios proponentes estão a desenvolver um dossier conjunto de candidatura, tendo por base os trabalhos já realizados pelos municípios e com o suporte científico de várias entidades. © NCV
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