O cinema documental ibérico vai estar em foco na quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Marvão e Valencia de Alcántara, a realizar entre os dias 16 e 21 de agosto, com a apresentação de um amplo painel de obras de realizadores dos dois países vizinhos. Durante seis dias, o Festival marcará presença junto das populações desta região raiana, levando o cinema a vilas, aldeias e povoados, e promovendo o contato com todas as camadas etárias, desde os mais jovens aos mais idosos.
Exposições, concertos, oficinas artísticas, palestras e debates, complementam a oferta disponível durante o evento, que assim se afirma como um ponto alto na vida cultural da região.
Os "direitos humanos", nas múltiplas vertentes que assumem, constituem a temática de fundo desta quarta edição, na qual se aguardam as presenças de vários dos realizadores representados na mostra, bem como de uma delegação da Amnistia Internacional de Portugal.
A abordagem do tema será feita quer através da exibição de filmes onde se retratam problemáticas tão atuais como a guerra na Síria, a crise dos refugiados, os múltiplos conflitos étnicos e religiosos do nosso tempo, quer através de momentos de reflexão e debate, na sequência da visualização das películas.
Os espaços escolhidos para a realização das projeções e restantes atividades possuem características que os distinguem pelo seu particular interesse histórico e patrimonial, bem como pelas vivências que lhes estão associadas. Uma opção pensada que corresponde ao desejo de "cruzar a sétima arte com os valores do património e cultura locais", segundo Paula Duque Giraldo, diretora do festival.
No que toca ao programa do presente ano, a diretora do Periferias considera que é "o mais alargado e ambicioso até à data", destacando "o reforço da colaboração com a localidade vizinha de Valencia de Alcántara (Espanha) e, dessa forma, o consolidar da vocação transfronteiriça do Festival". © NCV
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