A Fundação Nossa Senhora da Esperança anunciou recentemente estar a preparar um novo projeto para invisuais que se materializa na criação de uma “Casa da Tiflologia” que será “única no País” e que vai “rebuscar as origens da Fundação” no dizer de João Palmeiro, presidente do Conselho de Administração.
Investigação de soluções de integração
Falando à imprensa aquando da passagem de mais um aniversário da centenária instituição castelovidense, João Palmeiro adiantou ainda que o projecto vai incluir uma vertente museológica “com objectos que temos na nossa posse” e uma outra vertente de investigação com a colaboração das Universidades Lusófona e de Évora, bem como o Instituto Politécnico de Portalegre.
“Queremos potenciar aqui um núcleo de pessoas que, com software e robótica, possa construir soluções muito interessantes que permitam a integração das pessoas com deficiência visual, mas também de outro tipo de deficiências”, explicou João Palmeiro em declarações ao jornal “Alto Alentejo”.
Tendo como base projectos idênticos existentes em Espanha, França e Itália, a Casa da Tifologia assume-se como um “projecto único em Portugal”, existindo a ambição de a localizar em Castelo de Vide “até porque foi aqui que o ensino do Braille foi percursor”, argumenta o dirigente.
Nesse sentido existem já negociações “para a aquisição de um edifício contíguo, mas que necessita de algumas obras de recuperação e, consequentemente de algum investimento”.
Unidade de Cuidados Continuados
Na ocasião João Palmeiro referiu também que existe ainda a possibilidade de se avançar com o projecto antigo de criar um unidade de Cuidados Continuados de média e longa duração. “Este projecto já tinha sido aprovado e foi suspenso pelo governos anterior”, recorda o dirigente que garantiu que “continuamos empenhados neste projecto”.
Novos estatutos
Recorda-se que a Fundação Nossa Senhora da Esperança já viu finalmente aprovados novos estatutos, depois de um longo processo de alteração que decorreu de imposições legais sucessivas, que vai agora permitir “uma maior profissionalização da gestão, mantendo-se a instituição com o estatuto de Fundação”. © NCV
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