11 de junho de 2017

6º Congresso da APA terminou com uma evocação ao Professor Doutor António Flores
- inaugurado busto no Bairro da Eira

Fotos © Alentejo 360/NCV 
Fotos © Alentejo 360/NCV
Depois da evocação no Cine-teatro Mouzinho da Silveira ao médico professor António Flores, o Congresso da Associação Psiquiátrica do Alentejo (APA) terminou no Bairro da Eira com a inauguração do busto em sua homenagem. António Flores nasceu em Lisboa mas cedo ficou ligado a Castelo de Vide, ao casar com uma filha da terra. 
A edição de 2017 do Congresso da APA focou-se no "Futuro da Psiquiatria" e decorreu ao longo dos últimos três dias no Cine-Teatro Mouzinho da Silveira e na Fundação Nossa Senhora da Esperança. © Alentejo 360/NCV
N.R. - O busto agora inaugurado em Castelo de Vide é cópia direta do original da autoria do escultor Barata Feyo que é propriedade da família.
Quem foi o professor António Flores? 
Foto de 1947.
O professor António José Pereira Flores nasceu em Lisboa no dia 3 de Janeiro de 1883 e faleceu no Instituto Português de Oncologia nessa mesma cidade a 13 de Dezembro de 1957, a menos de um mês de completar a idade de 75 anos. Ficou ligado a Castelo de Vide pelo seu casamento com Cecília Mimoso Flores, de quem teve dois filhos: Guilhermina e Francisco. 
O Professor António Flores já tinha sido homenageado com uma lápide com o seu nome descerrada em 15 de Agosto de 1956 nas instalações (1º andar) do então Hospital de Santo Amaro da Santa Casa da Misericórdia inauguradas nesse dia. 
Em 1958, um ano após o seu falecimento, Castelo de Vide voltaria a ser palco de uma homenagem ao Professor António Flores, organizada pelo semanário "Terra Alta" e que foi objeto de uma separata publicada em Abril desse ano.
Separata do jornal "Terra Alta".
Esteve também homenageado durante muitos anos no Hospital Júlio de Matos, onde o então Centro de Alcoologia de Lisboa teve o seu nome (tendo existido um busto seu nas instalações), designando-se hoje apenas como Unidade de Alcoologia de Lisboa. 
Licenciado em 1906 pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa (1906), especializou-se em Paris e Berlim de onde regressou em 1911, tornando-se nesse ano docente da cadeira de Neurologia. Na Faculdade de Medicina de Lisboa, leccionou ainda Semiologia do Sistema Nervoso (1928) e Psiquiatria (1941). Foi ainda director desta Faculdade a partir de 1944, cargo de que se demitiu em 31 de Maio de 1947, na sequência de uma carga policial. 
Enquanto neurologista do Corpo Expedicionário Português em França, no decorrer da I Guerra, recebeu louvores em 1917/18 e a Medalha de Prata de Bons Serviços em campanha (1919). 
Desempenhou ainda as funções de secretário da Associação dos Médicos Portugueses (1912), presidente da Comissão Instaladora e Administrativa do Hospital e da Direcção Médica do Hospital Júlio de Matos (1939 – 1941), bastonário da Ordem dos Médicos (de 1940 a 1943), director do Hospital Miguel Bombarda (desde 1941), presidente da Sociedade de Reumatologia e da Direcção do Centro de Estudos Egas Moniz (1957) e também de primeiro Presidente da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Psiquiatria. © NCV
Retrato na Galeria da Ordem dos Médicos.

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