A Federação de Portalegre da Juventude Socialista expressou em comunicado “o seu pudor pela ostracização a que o Distrito de Portalegre foi votado no programa “Prós e Contras”, transmitido no serão de dia 30 de Outubro, na RTP 1”.
Nesse sentido, o Secretariado da Federação Distrital de Portalegre da JS fez “chegar à sede da estação televisiva um mapa do Alentejo nível europeu NUTS III, em forma de protesto, exigindo que a linha editorial do “Prós e Contras” explique o que os motivou a deserdar o Distrito de Portalegre da discussão sobre o futuro da região a que pertence”.
“Sob o mote “o alerta que vem do Alentejo” debateram-se questões estruturantes, tendo a seca e as necessidades hídricas funcionado como motriz de uma discussão que extravasou para vários domínios do presente e do futuro da região. Após quase duas horas de emissão, e duas notas-de-rodapé que só colateralmente foram esbarrar a Portalegre, ficamos a saber que para a redacção do programa o Alentejo só vai de Almodôvar até Estremoz”
“Uma discussão que se apresenta sob a capa do “Alentejo” não pode depois amputar um dos seus membros. Passar uma borracha em Portalegre, fazendo vista grossa ao Distrito que menos tem bebido nas últimas décadas das dotações do Orçamento de Estado e cujo investimento público está desequilibradamente balanceado face aos seus homólogos, é cavar uma ferida que as gentes de Portalegre não podem deixar de aspirar que seja sarada”.
“Não admitimos que nos passem um atestado de invalidez, expurgando-nos do debate sobre o futuro do Alentejo. Nem reconhecemos autoridade à RTP para definir aqueles que dentro da nossa região são os nossos porta-vozes, quando para todos os efeitos nenhum dos oradores e intervenientes possuía as suas raízes ou centro de decisão no Alto Alentejo, entenda-se Distrito de Portalegre e não Distrito de Évora, que segundo o nível NUTS III corresponde ao Alentejo Central e não ao Alto Alentejo, como erradamente foi assumido ao longo de todo o programa televisivo”.
“É paradoxal que numa sessão em que se enche a boca com o “Portugal esquecido”, se faça este inadmissível exercício de catalogar os “Alentejos”. Se o Interior já, per si, não tem uma voz que ecoe com a regularidade que lhe devia assistir nos meios de comunicação social, parece que a RTP abriu um novo flanco, tripartindo entre os que se ouvem sempre, os que só de quando em vez se podem ouvir, e os que não têm direito a ser ouvidos”.
“É nesse sentido que o Secretariado da Federação Distrital de Portalegre da JS vai fazer chegar à sede da estação televisiva um mapa do Alentejo nível europeu NUTS III, em forma de protesto, exigindo que a linha editorial do “Prós e Contras” explique o que os motivou a deserdar o Distrito de Portalegre da discussão sobre o futuro da região a que pertence”. © NCV
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