De acordo com
o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e
o Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade
Nacional de Proteção Civil (ANPC), a previsão meteorológica para
as próximas horas aponta para o agravamento do estado do tempo
devido à passagem de uma tempestade forte sobre o território de
Portugal continental, sendo expetável que o período mais crítico
dos seus efeitos se verifique entre as 18 horas
de hoje (10 de Dezembro)
e as 6 horas
de amanhã (11 de Dezembro),
dando origem a vento
forte, com rajadas muito fortes, com especial incidência nas terras
altas dos distritos do Norte
e Centro.
Neve acima dos 800 metros
Em paralelo com
forte agitação marítima, registar-se-ão fenómenos extremos de
vento a nível local e precipitação forte e persistente, com
episódios de aguaceiros pontualmente fortes e queda de granizo
durante a noite e madrugada.
Esta situação
pode gradualmente estender-se às restantes regiões do país, com
possibilidade de queda de neve acima dos 800-1000m, com maior
incidência nos distritos de Braga, Vila Real e Guarda.
O que pode acontecer
Face à situação
descrita, podem ocorrer os seguintes efeitos:
· Danos
em estruturas montadas ou suspensas;
· Queda
de ramos ou árvores em virtude de vento forte;
· Cheias
rápidas em meio urbano devido à acumulação de águas pluviais ou
insuficiência dos sistemas de drenagem;
· Dificuldades
de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente em períodos de
preia-mar, podendo causar inundações em locais mais vulneráveis;
· Inundações
de estruturas urbanas subterrâneas devido a deficiências de
drenagem;
· Inundação
por transbordo de linhas de água nas zonas mais vulneráveis;
· Fenómenos
geomorfológicos causados por instabilidade de vertentes associados à
perda da sua consistência por saturação dos solos;
· Piso
rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água
e/ou gelo;
· Obstrução
de vias de circulação por queda de árvores, deslizamento ou
desabamento de terras, pedras ou outras estruturas;
· Acidentes
na orla costeira.
Conselhos úteis
A ANPC recorda
que o impacto destes efeitos pode ser minimizado com a adoção de
comportamentos adequados, pelo que divulga as medidas de autoproteção
a adotar:
· Fixar
as estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras
estruturas suspensas;
· Observar
especial cuidado na circulação e permanência junto a áreas
arborizadas, devido à possibilidade de queda de ramos e árvores em
virtude de vento mais forte;
· Evitar
a circulação e permanência nas terras altas, onde as rajadas de
vento esperadas são fortes ou muito fortes;
· Garantir
a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e a
retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou
criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
· Abster-se
de atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de
pessoas e/ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto
abertas;
· Adotar
uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial
cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis
de água nas vias;
· Proceder
à colocação das correntes de neve
nas viaturas sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda
de neve;
· Ter
especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas
ribeirinhas mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando-se
circular e permanecer nesses locais;
· Abster-se
de praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca
desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando-se
ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
· Estar
atento às informações da meteorologia e às indicações da
Proteção Civil e das Forças de Segurança. ©
ANPC/NCV
Ver AQUI os detalhes das previsões meteorológicas locais.
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