27 de julho de 2018

Ciclo “Presença no Alto Alentejo” decorre este ano até Agosto em Castelo de Vide

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A exposição em Portalegre no cinquentenário em 1977.
Decorre este ano em Castelo de Vide o Ciclo da “Presença no Alto Alentejo”, que teve início em Marvão no ano passado com o estudo realizado por Maria Mota sobre Branquinho da Fonseca. 
A iniciativa tem sequência este ano em Castelo de Vide com uma exposição e evocação sobre Francisco Bugalho e prosseguirá no próximo ano, com o cinquentenário da morte de José Régio, em Portalegre. 
Pretendem os promotores que o ciclo continue nos três concelhos, criando um programa cultural que dê destaque a estes três “presencistas”, já que, no dizer de David Mourão Ferreira, foi o Alto Alentejo que acabou por os reunir. Será acima de tudo uma oportunidade para valorizar e divulgar este movimento literário que tanta importância teve na primeira metade do séc. XX. 
Três exposições na Igreja de S. João 
Foto © J. Ventura/NCV
Deste modo, hoje sexta-feira, dia 27, às 18 horas serão inauguradas na Igreja de São João Baptista, as exposições: “O que foi a Presença: uma leitura a 90 anos de distância”, “Francisco Bugalho e a Presença” e ainda “Francisco Bugalho e Cristovam Pavia, dois poetas de Castelo de Vide”. 
Amanhã sábado, também pelas 18 horas, na Quinta das Palmeiras, o filho do poeta, João Filipe Bugalho, convida para uma evocação a Francisco Bugalho após o que será visitado o escritório do poeta e mostrados alguns documentos originais. Participa também Fernando B. Martinho. 
Lançamento da antologia “Cristovam 35+15” de Cristovam Pavia 
O momento será ainda oportunidade para o lançamento da antologia “Cristovam 35+15”, livro de poemas de Cristovam Pavia (filho de Francisco Bugalho) editado pela Opera Omnia marcando a passagem este ano (em 13 de Outubro próximo) dos 50 anos da sua morte. 
“Presença – Folha de Arte e Crítica” nasceu há 91 anos 
A revista “Presença – Folha de Arte e Crítica” nasceu há 91 anos e constituiu uma publicação que marcou de forma permanente a história do modernismo em Portugal. 
A Presença foi lançada, em Coimbra a 10 de Março de 1927, por José Régio, Branquinho da Fonseca e Gaspar Simões, tendo sido publicados 54 números até à sua extinção em 1940. 
A Presença foi essencial para divulgar no país autores estrangeiros como Proust, Ibsen, Dostoiesvky, Jorge Amado ou Cecília de Meireles, e contou ao longo dos 13 anos de existência com a colaboração de grandes nomes da cultura portuguesa como Edmundo de Bettencourt, António Navarro, Casais Monteiro, Júlio Maria dos Reis Pereira (conhecido por Julio, enquanto artista plástico, e por Saul Dias, enquanto poeta), Miguel Torga, Irene Lisboa, João Gaspar Simões, Mário Eloy, Arpad Szenes e Vieira da Silva, Almada Negreiros e Sarah Afonso, entre outros. © NCV

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