O UE Online – Jornal Online da Universidade de Évora entrevistou recentemente o Professor Jorge Oliveira que revelou a confirmação de que os menires são cerca de dois mil anos mais antigos que os dólmenes (ou antas).
Trata-se segundo ele de uma descoberta de inegável interesse internacional, confirmada e reconfirmada com base na datação de pequenas porções de matéria orgânica encontradas pelo arqueólogo marvanense na base dos menires da Meada (Castelo de Vide) e do Patalou (Nisa).
Trata-se segundo ele de uma descoberta de inegável interesse internacional, confirmada e reconfirmada com base na datação de pequenas porções de matéria orgânica encontradas pelo arqueólogo marvanense na base dos menires da Meada (Castelo de Vide) e do Patalou (Nisa).
Menir da Meada (Castelo de Vide) |
Através de uma pequena porção de matéria orgânica encontrada pelo arqueólogo na base do Menir da Meada (o mais impressionante monumento megalítico da região de Castelo de Vide, e o maior menir totalmente talhado pelo homem em toda a Península Ibérica), foi possível obter uma datação mais antiga do que era espectável. A comunidade de arqueológos ligados ao neolítico sempre acreditou que o megalitismo funerário (dolmen) era contemporâneo dos menires, porém esta datação, veio revelar que estes eram cerca de dois mil anos mais antigos.
Menir do Patalou (Nisa) |
Era necessário confirmar esse resultado. Seria apenas um acaso? Jorge Oliveira não hesitou e continuou, como sempre, a dedicar-se à investigação e uma nova escavação efetuada agora ao Menir do Patalou, situado junto a uma estrada que liga Nisa à albufeira de Póvoa e Meadas, no concelho de Castelo de Vide, revelou essa evidência. Após submeter a matéria orgânica encontrada neste menir por radiocarbono, confirmou-se a evidência: os menires são substancialmente mais antigos do que os dólmenes, revelando-se uma descoberta de interesse internacional.
O marvanense Jorge Oliveira é professor no Departamento de História e diretor do Laboratório Pinho Monteiro da Universidade de Évora. Responsável pela transição da “arqueologia amadora” para uma “arqueologia profissional” na Universidade de Évora, participou e liderou inúmeras escavações arqueológicas no território alentejano. © NCV
Jorge Oliveira nas escavações do Patalou. |
Sem comentários:
Enviar um comentário