Rosa Gomes e o marido mudaram-se do Porto para o Alentejo em busca de uma vida mais calma.
Ela médica reformada, ele desempregado, instalaram-se numa quinta em Castelo de Vide e tentaram investir na agricultura, sem grande sucesso nas primeiras tentativas.
Num terreno com nove hectares plantaram sobreiros e fizeram uma horta biológica, tentaram plantar mirtilos, maçãs, cerejas e romãs. Mas o maior investimento acabou por ser em sete mil sabugueiros.
Esta planta dá-se bem no norte do país, onde "nem precisa de rega", pelo que o casal imaginou que no Alentejo também iria prosperar.
Afinal, devido à baixa humidade e pouca inclinação dos solos "a experiência foi inicialmente negativa". Todas as estacas plantadas precisaram de ser regadas, caso contrário teriam morrido.
O problema é que em Castelo de Vide "a falta de água é gritante". E as alterações climáticas agravaram o problema: "As linhas de água que corriam no inverno neste momento estão secas", conta Rosa Gomes.
A solução foi fazer um furo e instalar um sistema de rega com o apoio da ADER-AL, Associação para o Desenvolvimento do Espaço Rural do Norte do Alentejo.
Se tudo correr bem, a baga, flor e folha dos sabugueiros serão matéria-prima de compotas, sumos e licores. Se não, o casal já tem planos para um livro: "como não plantar sabugueiros". © NCV
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