O Festival Andanças vai ser transferido para outra zona do país e não se vai voltar a realizar em Castelo de Vide. A decisão definitiva da Associação PédeXumbo foi comunicada na passada sexta-feira durante uma reunião dos seus dirigentes com o Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide. “Vamos iniciar um processo de procura de espaço para uma nova edição”, referiu ontem à Lusa Marta Guerreiro, da PédeXumbo - Associação para a Promoção da Música e Dança.
Festas de Santa Maria d´Agosto e mais Castelo de Vide Cup
Entretanto, contactado também pela Lusa, António Pita, lamentou a decisão da organização do festival e adiantou desde logo que "com a saída do Andanças, que tinha sempre impacto na nossa economia, vamos voltar a realizar as Festas de Santa Maria d´Agosto e aumentar mais uma semana a prova desportiva Castelo de Vide Cup”.
As tradicionais Festas de Santa Maria de Agosto já tiveram lugar em Castelo de Vide em duas fases, primeiro desde os anos 70 e depois até 2008.
O Castelo de Vide Cup já tem duas edições em 2020: na semana da Páscoa, de 4 a 9 de Abril, e a de Verão, em duas semanas: de 30 de Junho a 5 de Julho, e de 7 a 12 de Julho.
Depois de ser realizado há vários anos em Castelo de Vide, onde em 2016 um incêndio no parque de estacionamento destruiu mais de quatro centenas de viaturas, as edições de 2017 e 2018 do Festival Andanças foram realizadas em meio urbano na vila de Castelo de Vide e para este ano esteve prometido o regresso ao palco habitual, junto à albufeira de Póvoa e Meadas, mas o evento acabou por ser cancelado pela Associação PédeXumbo, por alegada falta de condições logísticas.
Processo judicial ainda em curso
Apesar de em Fevereiro de 2017, o Ministério Público ter arquivado o inquérito instaurado ao caso, por não ter conseguido apurar matéria criminal nas circunstâncias concretas em que o fogo deflagrou, ainda está a decorrer no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco contra a PédeXumbo, a Câmara de Castelo de Vide e a seguradora do grupo Crédito Agrícola, exigindo uma indemnização de 831 mil euros. Esta ação foi interposta em Julho de 2018 por um grupo de 70 lesados representados pelo advogado Pedro Proença. © NCV
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