A Comissão Política Distrital do PSD, presidida por António José Miranda, decidiu no rescaldo do 38º Congresso Nacional deste fim-de-semana, apresentar ao Presidente da Mesa da Assembleia Distrital e comunicar ao Secretário Geral do PSD, a sua demissão das funções para que foi eleita, “abrindo assim espaço a novas ideias de outras candidaturas, mas também sem tolher a possibilidade de quem está poder continuar, mas num novo mandato”.
Pessoalmente António José Miranda anunciou em comunicação nas redes sociais que sairá, mas acreditando “nos militantes que fazem, ainda, parte desta equipa”.
“Agradeço a quem me apoiou, e darei tempo a quem discordou. A todos respeito, e a todos exijo que façam o mesmo. Só com esse respeito poderemos dignificar o PSD e a nós próprios”, refere o dirigente na referida nota.
A Mesa da Assembleia Distrital do PSD deverá agora proceder à marcação de um Congresso Extraordinário que elegerá os novos corpos dirigentes a nível distrital para um novo mandato que ficará marcado pela preparação das Eleições Autárquicas de 2021.
Acerto de calendário para legitimar nova direção
A decisão foi tomada no seguimento “do futuro lançado este fim de semana em congresso” que dita “a importância do período que se avizinha” com as “próximas Autárquicas”.
“Por si, as (eleições) autárquicas são o palco privilegiado para estar perto dos nossos cidadãos, daqueles com os quais convivemos diariamente, e que sabem, a maioria das vezes mais do que qualquer outro agente político. Sabem exercer as suas diferenças. Devemos por isso fazer um acerto no calendário e legitimar uma nova direção que nos aponte esse caminho”.
Inicia-se um novo ciclo
“Terminou no passado domingo o 38.º Congresso Nacional do PSD. Depois de tantas críticas no seio do Partido, tanto a nível nacional como distrital, inicia-se um novo ciclo legitimado, não só pelas eleições diretas que ditaram o novo líder, mas também pelos novos órgãos escrutinados em congresso”.
“Apoiei convictamente este líder e apoio da mesma forma a nova Comissão Política Nacional, cuja composição, pela primeira vez, conta com uma militante do nosso distrito. A Paula Calado, com a sua motivação e persistência, representará com toda a certeza, o nosso distrito da melhor forma. Trabalho efetivo, digno e sério”.
“Arrumar a casa e reunir as tropas”
“O momento político pelo qual o PSD em geral, e o PSD Distrital em particular, passou no último ano, não foi positivo. Perdemos eleições europeias e legislativas, nas quais não elegemos o deputado que tínhamos. Não foi um bom resultado. Mas nem por isso baixámos os braços. Na política perdem-se mais vezes eleições do que se ganham, mas se fizermos um trabalho em prol do nosso eleitorado e dos nossos cidadãos em geral, permanecemos com lisura, sensatez e discernimento a lutar pelos nossos ideais, evitando ceder a pressões internas dos nossos companheiros”.
“Era preciso arrumar a casa e reunir as tropas. Apenas conseguimos a primeira parte. Sucederam-se críticas internas, apupos e pedidos de demissão. Não somos homens nem mulheres que se deixem levar pela corrente. O nosso sentido de responsabilidade para com quem acreditou em nós foi mais forte. Criámos pontes, laços e ouvidos para e com a população do Alto Alentejo”.
“Guerreamo-nos lá dentro. Respeitamo-nos cá fora”
“Conseguimos respeito e admiração por parte dos órgão nacionais, num pequeno distrito que tem poucos votantes e pouca representatividade. Transmitimos ideias e dissemos presente, e estivemos envolvidos – todos – na eleição do candidato que entendíamos ser o melhor. Guerreamo-nos lá dentro. Respeitamo-nos cá fora”. © NCV
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