Foto © CMP/NCV |
A Câmara Municipal de Portalegre atribui a título de empréstimo, de uma habitação destinada a alojamento de pessoal médico que ingresse no Hospital Dr. José Maria Grande, para desempenho da sua atividade laboral.
O respetivo contrato programa para atribuição deste apoio não financeiro foi assinado na passada sexta-feira dia 28 de Fevereiro com a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, E.P.E..
Período máximo de dois anos
“A atribuição, por um período máximo de dois anos, de uma casa para instalação de pessoal médico, é claramente assumida como uma forma de discriminação positiva para atrair e fixar jovens médicos no território, garantindo o acesso à saúde por parte dos nossos dos doentes/utentes e das suas famílias, tendo esta opção sido aprovada por unanimidade em reunião de executivo, no passado dia 28 de Novembro de 2018”, refere uma nota municipal sobre o assunto.
“Desde então, e a par de inúmeras reuniões para analisar os problemas e debater propostas de melhoria dos serviços de saúde no distrito, a Câmara Municipal de Portalegre tem envidado todos os esforços para conseguir concretizar esta intenção, que visa proporcionar às comunidades o justo acesso a diferentes especialidades e áreas da medicina, estimulando a dinamização dos serviços clínicos”.
"Inequívoco interesse público"
“Reconhecendo que ninguém pode ficar indiferente à dimensão que este problema está a assumir, dada a situação crítica que se vive em Portalegre e no Alto Alentejo, em termos de acesso à saúde e da recorrente falta de especialistas em diferentes áreas, e tendo em conta o inequívoco interesse público desta matéria, a Câmara Municipal de Portalegre estabeleceu este protocolo com a ULSNA, como uma forma de dar o seu contributo para a criação e promoção de melhores condições de fixação de profissionais de saúde na nossa terra, com o consequente aumento e manutenção da qualidade e capacidade de resposta dos serviços prestados à nossa comunidade”.
Fixar jovens médicos e especialistas
“Há muito que a absoluta necessidade de fixar jovens médicos e especialistas em algumas zonas carenciadas do país, como o Alentejo, vem sendo debatida, sem que se verifique uma inversão no quadro da oferta de serviços de saúde a uma população estruturalmente fragilizada e muito envelhecida. Inclusivamente, a Ordem dos Médicos tem sugerido novas fórmulas de incentivos, aproveitando os que já existem e acrescentando mais alguns, como mais benefícios fiscais ou o aumento do número de dias de férias, o que também não teve quaisquer consequências ao nível da situação que se vive na saúde em Portalegre”. © NCV
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