Manuel Ramiro Salgueiro. |
A Câmara Municipal de Marvão tornou público que vai promover o tratamento do espólio do poeta Manuel Ramiro Salgueiro, “possibilitando que a sua obra seja melhor estudada e conhecida”. A decisão foi conhecida na passada quinta-feira dia 27 de Fevereiro, dia em que se assinalou o primeiro aniversário da morte do poeta que deixou em testamento ao Município de Marvão, “alguns dos seus bens onde se inclui a biblioteca que reuniu e os textos da sua autoria, muitos dos quais ainda não publicados”.
Professor, poeta e ensaísta
Natural da Escusa, freguesia de São Salvador da Aramenha, concelho de Marvão, Manuel Ramiro Salgueiro nasceu a 28 de Outubro de 1933 e faleceu em 27 de Fevereiro de 2019.
Depois de uma breve passagem pelo Seminário de Aveiro e tendo estudado um ano em Évora, foi em Lisboa que se fixou. Cumpriu serviço militar, trabalhou na Casa Pia de Lisboa e voltou aos estudos na Faculdade de Letras, onde se licenciou em Filologia Clássica.
Homem da cultura, foi professor, poeta e ensaísta. Publicou muitos dos seus textos nas edições MIC. Sempre se interessou pela sua terra natal, o que levou a escrever sobre as suas gentes e tradições: são exemplo disso “Saudação a Marvão”, “O tópico da despedida na poesia rural do Concelho de Marvão”, “Teofa da Escusa, Músico” e “Um pedir-chuva na Freguesia do Salvador”, publicados em vários números da Revista Ibn Maruán; e o inédito “A primeira comunhão solene de que há memória na aldeia da Escusa”.
Foi descrito como um “homem solitário, introvertido, provocador, amante da Natureza e dos outros” (Carlos Marques, Ibn Maruán n.º 5, 1995).
No que respeita à sua obra, foi considerado “poeta de forte expressividade, frequentemente (quase sempre) melodramático” (Fernanda Botelho, Colóquio/Letras n.º 120, 1991). © NCV
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