“Muitos munícipes têm manifestado o seu protesto pelo facto de circularem em Castelo de Vide cidadãos de nacionalidade espanhola, provenientes de concelhos próximos bastante afetados pelo COVID 19, e que se abastecem no comércio local autorizado para estar aberto.
Por outro lado, também outros casos há em que se verificou que nos últimos dias viajaram até nós concidadãos sem residência permanente no nosso Concelho mas com segunda habitação.
Estas situações não podem infetar os nossos valores e princípios, e não podem criar situações de hostilidade e de repulsa, verbal, nas redes sociais ou por qualquer outra forma entre pessoas e entre países que agora, mais do que nunca, precisam da afirmação dos valores em que se alicerça a humanidade e a fraternidade em prol da UNIÃO, contra uma doença que é universal.
Partilhamos naturalmente da grande preocupação e receios que estas situações provocam na população, pelo que deixamos esta reflexão:
1. Ora, como é do conhecimento público e conforme o sr. Primeiro Ministro António Costa comunicou em direto ao país, Portugal e Espanha acordaram efetuar controlo nas fronteiras, missão que está a cargo do SEF e da GNR. É permitida a passagem de mercadorias e de pessoas que por razões laborais estão obrigadas a efetuar diária ou esporadicamente esta passagem. Ou seja, há espanhóis que entram todos os dias na fronteira dos Galegos-Marvão e portugueses que fazem o inverso.
2. Esta situação não permite naturalmente controlar o circuito individual que cada uma destas pessoas faz, ficando na consciência de todos aqueles que gozam desta autorização o cumprimento das recomendações das Autoridades.
3. Neste contexto, e na impossibilidade de criar uma redoma impenetrável em volta do concelho de Castelo de Vide só há uma forma eficaz de garantir a total proteção.
Assim, recomendo e apelo, uma vez mais, aos castelo-videnses e povoenses que mantenham o isolamento total. Fiquem em casa.
Mais do que contar com a segurança dos outros, confiem na vossa. O vírus COVID-19 pode viajar de carro, de avião, entrar nos estabelecimentos, circular na rua, correr o mundo... MAS NUNCA IRÁ ENTRAR NA SUA CASA.
MUITA CONFIANÇA EM SI, MUITA CONFIANÇA EM TODOS!”
António Pita,
28 de março de 2020
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