14 de abril de 2020

António Pita: o Município está “muito preocupado com esta crise e pelas repercussões económicas e sociais”

O Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Pita, emitiu mais um comunicado-mensagem na passa madrugada, que a seguir se publica na íntegra (título e subtítulos da responsabilidade da redação do NCV).
O autarca sublinha o comportamento cívico exemplar da população coma Proteção Civil Municipal a não registar “casos de destaque”, recorda que o momento atual é o de “salvar vidas, nomeadamente dos mais idosos”, que o “regresso à normalidade “será um processo lento, gradual e variável” e que a Autarquia terá “um papel indispensável” para alavancar a economia”. © NCV
Comunicado-mensagem de António Pita
“Às 24 horas desta segunda-feira, concluiu-se o período decretado para a Operação de Páscoa que obrigou ao isolamento obrigatório com restrições diversas à mobilidade.
Foram certamente dias duros e difíceis para todos os portugueses, mas considerando a dimensão cultural, religiosa, social e económica que a mais sagrada festa dos Castelo-videnses detém no calendário festivo do Concelho, estamos todos profundamente marcados pelo vazio do tempo imposto, mas cientes da necessidade de cumprir com as Autoridades.
“Agradecer esse comportamento cívico exemplar”
Em jeito de balanço pelo que já cumprimos, sobressai um sentimento de orgulho coletivo, pelo que é justo e importa agradecer esse comportamento cívico exemplar da luta contra a pandemia da COVID-19.
A atitude dos nossos munícipes é, pois, de louvar, não só pelo cumprimento rigoroso das regras de confinamento, especialmente durante esta quadra onde está tão enraizada a confraternização e o convívio social, mas também pela própria sensibilização partilhada juntos de amigos e familiares, os quais interiorizando da situação de emergência nacional acabaram por não viajar até nós, exceto casos que em nada diminuem o mérito da globalidade.
Proteção Civil “não registou casos de destaque”
Devemos sentir um enorme orgulho deste comportamento de cidadania irrepreensível da nossa comunidade residente e na diáspora, sendo que a Proteção Civil Municipal não registou casos de destaque.
Importa sempre sublinhar que os sacrifícios que temos imposto em nome da VIDA e da Saúde Pública, nestes dias inimagináveis de que não há memória, darão os seus frutos passadas duas semanas, contribuindo-se deste modo para a segurança de todos.
Por outro lado, este tempo de angústia e tristeza, que perpassou no coração da nossa Comunidade, irá, inevitavelmente, reforçar a sensibilidade e a emoção em cada um de nós - testemunhas deste momento verdadeiramente excecional da história universal.
“O momento presente é de salvar vidas, nomeadamente dos mais idosos”
Acreditamos que depois desta crise todos iremos olhar com uma leitura mais profunda e uma atitude reforçada perante o valor inestimável da dimensão humana das nossas tradições, das celebrações individuais e coletivas, da amizade, da família, da comunidade, do outro.
Na verdade, não sabemos quando e como serão levantavas as medidas de confinamento. Nestes tempos de imprevisibilidade apenas temos uma certeza: a de que o momento presente é de salvar vidas, nomeadamente dos mais idosos, lembrando que foram estes os construtores do legado que nos foi confiado e a sociedade está obrigada a protegê-los.
Regresso à normalidade “será um processo lento, gradual e variável”
Ansiamos desesperadamente pelo regresso à normalidade das nossas vidas. Mas importa também tomar consciência que esse será um processo lento, gradual e variável, dependente da evolução da situação sanitária em Portugal, em Espanha, na Europa e no mundo.
O nosso Município obviamente que também se encontra muito preocupado com esta crise e pelas repercussões económicas e sociais que ela impõe ao nosso tecido empresarial.
Reiteramos a nossa solidariedade com todos aqueles que estão a ser afetados, mas deixamos uma manifestação de profunda solidariedade com todos aqueles que são os mais prejudicados por terem os seus estabelecimentos encerrados.
“Papel indispensável da Autarquia para alavancar a economia”
Todos sabemos que em atividades económicas ligadas à hotelaria, restauração e similares, artesanato e outros ramos do comércio local, a Semana Santa era sinónimo da retoma no ciclo anual da economia. Este ano tal não aconteceu e os custos económicos de dar-se prioridade à vida estão a ser profundos e muito preocupantes.
Hoje, mais do que nunca, temos plena consciência do papel indispensável da Autarquia para alavancar a economia.
Aqui fica novamente o compromisso redobrado do nosso empenhamento em encontrar as soluções possíveis com vista à reconstrução da nossa economia local, sendo que brevemente serão divulgadas medidas para o efeito.
Um abraço fraterno e solidário”.
O Presidente da Câmara,
António Pita
(Título e subtítulos da responsabilidade da redação do NCV)

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