Na sua reunião de ontem, a Câmara Municipal de Castelo de Vide aprovou por unanimidade um conjunto de 24 “medidas temporárias de apoio” que visam “atenuar os efeitos da pandemia COVID-19 no nosso Concelho”, cujo impacto financeiro (entre aumento de despesa e diminuição de receita) ascende a 280 000 euros, segundo estimativa divulgada pelo Presidente António Pita. Essas medidas dirigem-se a instituições, famílias e empresas e ao próprio Município.
Investimento Municipal 2020-2021 vale 7,6 milhões de euros
O documento proposto por António Pita colheu contributos do PS e da CIMAA em vários aspetos muito concretos que se juntaram à proposta de trabalho anterior e insiste em que “mais do que nunca importa assegurar a concretização do Plano Municipal de Investimento 2020-2021 estimado em 7,6 milhões de euros” (ver quadro anexo).
“Esta será certamente uma medida fundamental para direta e indiretamente melhor responder ao emprego ativo. O volume de investimento desta grandeza não só necessariamente absorve uma parte significativa da mão de obra disponível, como tem a capacidade de gerar dinâmicas económicas fundamentais para o comércio local convergindo-se deste modo ao apelo do Governo na missão coletiva com vista à retoma económica do país, para a qual todos somos convocados”.
Plano de Execução de Obras em Edifícios Municipais
Por outro lado anuncia-se a criação de um Plano de Execução de Obras em Edifícios Municipais, a divulgar na próxima semana, como medida de apoio ao setor da construção civil local considerado como “pilar fundamental da nossa economia local pelo número considerável de postos de trabalho que cria”.
Cimeira política semanal às terças-feiras
Por outro lado, a Câmara Municipal vai passar a reunir semanalmente por videoconferência todas as terças-feiras entre as 14:30 e as 15:30 horas “com um representante de todas as forças políticas com representação na Assembleia Municipal, por forma a comunicar a evolução da epidemia no distrito e no concelho e as correspondentes medidas aplicadas pelas autoridades competentes”. O objetivo é o “reforço do sentido de comunidade”.
O PS não se oporá às medidas do senhor Presidente
Em declaração de voto, os dois vereadores do PS tomaram “boa nota da integração das propostas apresentadas” mas aproveitaram para “deixar bem claro” que o PS “não se oporá às medidas que o Presidente apresentar como de combate à Pandemia e suas consequências sociais e económicas”
Mas “não acompanhamos na totalidade a forma como o Presidente está a gerir este processo, no que toca à centralização da decisão, ao tempo de resposta, nomeadamente às entidades económicas locais, e às perspetivas de futuro que privilegiam estrategicamente ainda para este ano a agenda de eventos”.
Recordaram que António Pita alega muitas vezes que foi ele “que mereceu a confiança da maioria da população e por isso está mandatado para governar como lhe aprouver” e agora “é também o momento de lhe lembrar que é isto que todos esperamos agora de si”, rematando que “embora não nos oponhamos às suas decisões em tempo extraordinário, não deixaremos nós, a todo o tempo de questionar a forma e a eficácia das mesmas”. © NCV
N.R. - As medidas concretas dirigidas a instituições, famílias e empresas serão tratadas em separado.
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