Cónego Tarcísio Alves. |
“As igrejas de Castelo de Vide já não fazem falta” é o título de uma nota de opinião do pároco Cónego Tarcísio Alves publicada na edição desta semana do jornal “Alto Alentejo”. Nele lista as 18 igrejas ou lugares de culto que “ainda há” e republica a lista das que “já não existem” onde inclui as de “Nª Srª da Saúde” e a de “S. Martinho”.
A nota insiste na questão da eventual venda da capela ou ermida de S. Miguel, junto à Senhora da Penha, recentemente desaprovada pelo Conselho Económico Paroquial numa votação em que o próprio pároco no entanto se absteve (ver notícias AQUI).
“A comunidade cristã não precisa delas”...
Nesse texto o Cónego Tarcísio Alves argumenta que “algumas das 18 igrejas existentes provavelmente também irão desaparecer porque a comunidade cristã não precisa delas, nem suporta os seus encargos”. E adianta que “a Paróquia tem zelado pela limpeza dos telhados, das paredes, portas e janelas, mas não aguentará isto por muito tempo”.
“Só resta o abandono”
“Chegou a hora em que o conselho da paróquia tem de decidir: ou vende, com autorização superior, algum património da paróquia para acudir às despesas destas igrejas, ou terá de as abandonar, mas como há gente que se opõe à venda só resta o abandono”.
“Missão da Igreja é mais importante do que promover o turismo”
“A missão da Igreja é mais importante do que promover o turismo. A comunidade cristã não se considera guardiã ou vigilante da história nem da memória coletiva destas igrejas. Estas funções são próprias de outras instituições, embora a comunidade cristã colabore supletivamente”.
Finalmente a nota volta a atacar um “grupo de castelovidenses liderado por Ruy Ventura” que “não ponderou as consequências da sua decisão”, põe em dúvida alguns argumentos e ao qual insta a que “devia recuperar também todo o outro património de Castelo de Vide que está em perigo de desaparecer”. © NCV
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