31 de julho de 2020

Vereadores do Partido Socialista acusam:
“Plano de Mitigação dos efeitos Covid-19 na atividade turística, não é nenhum plano”

Os vereadores eleitos pelo Partido Socialista na Câmara Municipal de Castelo de Vide (Tiago Malato e Fernando Valhelhas)  tornaram público uma série de comentários ao "Plano de Mitigação dos efeitosCovid-19 na atividade turística“, que referem como "documento, entregue e não discutido, no final da passada reunião, que mereceu apresentação pública posterior”.
Proposta “insuficiente, vaga e genérica”
“Entendemos que de forma global, a proposta apresentada não é nenhum plano, revelando-se insuficiente, vaga e genérica. Neste documento são expostas ideias, mas não há qualquer enquadramento em projeto ou ação. Como se vão concretizar estas ideias? Onde estão e para o que estão os outros municípios? Vamos fazer aqui uma afirmação que esperamos que nos mande à cara daqui a uns meses. “É nosso entender que este esboço é um ato falhado!”.
Documento “é apenas um anteplano”
“Na realidade, o documento apresentado é apenas um anteplano”, concluem os autarcas socialistas, que consideram que, “tendo algumas ideias interessantes como a promoção de brindes e ofertas locais, ainda assim revela-se pouco nas propostas. Será na realidade necessário que se procedimente em projetos e ações concretas, de forma a podermos superar com criatividade o impacto desta pandemia e simultaneamente agremiar parceiros privados e institucionais, nesta tarefa”.
“Antes de mais, teremos de gerar competentemente, a confiança necessária no processo, entre todos os implicados. Só desta forma este desafio pode ser concretizado em respostas que necessitamos a nível local”.
Estranhadas ausências de Portalegre, Marvão e Arronches...
Por outro lado os vereadores estranham e não alcançam “o motivo da ausência dos parceiros Câmaras Municipais de Portalegre, Marvão, Arronches, nesta apresentação. Gostaríamos de entender o que significa esta ausência e qual a posição formal destes, num possível interesse pela efetivação de uma estratégia que integre os concelhos da Serra de São Mamede”.
Alguns apontamentos a registar
“Eventos arte e cultura - Não entendemos o que significa a opção por “eventos de grande escala” retratada no documento? Grande concentração de população? Aumento da probabilidade de contágio?
Não entendemos o que é o projeto “Entre um polo gerador de constantes fluxos turísticos” a referência é vaga.
Não acompanhamos a ideia de Estratégias de Captação Massiva: refere-se a pequenos eventos de qualidade ou a grandes eventos?
Quanto à criação de Gabinete de Crise de apoio às empresas locais este enquadramento foi proposto por nós em reunião de câmara em 18 de março, faz 4 meses. Ainda está referido neste documento como projeto a criar. Mais vale tarde que nunca. Esperemos que o seu arranque seja promissor. Pelo menos os recursos humanos alocados no concelho dão-nos essa esperança. Não sabemos de que forma se fará a integração dos demais concelhos.
Quanto à Promoção Turística (aparentemente massificada também por via de multibancos); se as fileiras turísticas, nomeadamente as de turismos ativos na natureza, caminhadas, cycling, não estiverem, previamente desenhadas, uma campanha forte e massiva, pode se revelar um erro. Lembramos o que aconteceu em Itália com a saída dos urbanos para o campo. Quanto ao mote “Destino Seguro” este é bom, mas temos de cuidar que assim se mantenha. 
Novas experiências de turismo de natureza.
“É nosso entender que, neste tempo de exceção é preciso agir de forma muito equilibrada. Não massificar estratégias. Promover a fruição “Mais privada” de espaços. Termos a capacidade de ser mais criativos e expeditos nas propostas e ofertas locais.
Muitos dos que ficaram confinados nas cidades estão disponíveis para novas experiências de turismo de natureza. É aqui que devemos investir, a nosso ver, menos no turismo massificado e nos grandes eventos.  Promover a construção de fileiras de apoio entre os diversos interesses instalados no concelho, como sejam entre Restaurantes, hotelaria, posto de turismo, serviços e comércio local”. © NCV

Sem comentários: