29 de novembro de 2020

Plátano de Portalegre (“o Bem-Amado”) venceu do concurso nacional Árvore do Ano 2021
- segue-se em Fevereiro a “Tree of the Year 2021”

O Plátano do Rossio, em Portalegre, cognominado “o Bem-Amado” foi o grande vencedor do concurso nacional Árvore do Ano 2021, organizado pela UNAC – União da Floresta Mediterrânica e que este ano contou com 10 árvores de todo o país a concurso. O maior plátano da Península Ibérica, com 182 anos de idade, venceu com 2401 votos.
Pela primeira vez neste concurso nacional, e ao contrário das edições anteriores onde foram premiadas espécies autóctones como o sobreiro, a azinheira e o castanheiro, em 2021 uma árvore ornamental exótica vai representar Portugal no concurso “Tree of the Year 2021”, no próximo mês de Fevereiro.
Plantado por indicação do Dr. José Maria Grande
O Plátano do Rossio pertence à espécie Platanus hybrida Brot (Platanus x hispânica Mill. Ex Münch), foi plantado em 1838 por indicação do ilustre botânico e médico portalegrense José Maria Grande. De porte majestoso e apoiado por 20 escoras, com 7 metros de perímetro de tronco, 37 metros de diâmetro de copa, em forma de caramanchão, é sem dúvida o ex-libris de Portalegre.
Trata-se, por outro lado, da primeira árvore classificada em Portugal como de “Interesse Público”, tendo há 81 anos o título de “Monumento Vivo”. No centenário da sua plantação, em 1938, foi proposto para interesse público, classificação que lhe foi atribuída a 23 de Agosto de 1939, pela então Direção Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas.
Acompanhamento fitossanitário
Uma equipa da Câmara Municipal de Portalegre, acompanhada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), fez esta semana, no dia 25 de Novembro, uma avaliação do estado de conservação fitossanitário do Bem-Amado. Para além da manutenção periódica do estado fitossanitário do Plátano, são feitas, sempre que necessário, intervenções cirúrgicas.
O Laboratório Veríssimo de Almeida, do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, tem acompanhado este monumento vivo desde 2018, na elaboração de relatórios de fitossanidade, avaliação de patologias e de risco de rutura.
O Serviço de Arboricultura Urbana da Fundação de Serralves tem levado a cabo todas as intervenções a nível da copa, desde a década de 90 do século passado. © NCV

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