28 de maio de 2022

Bonne Corde com Ana Quintans em destaque no Festival Terras sem Sombra em Castelo de Vide

Ensemble Bonne Corde.
O grande destaque do Festival Terras sem Sombra em Castelo de Vide é o concerto pelo Ensemble Bonne Corde, que interpreta este sábado pelas 21:30 horas, na igreja do Convento de S. Francisco um programa intitulado “Rompendo As Trevas: Lamentações da Semana Santa, de Joseph-Hector Fiocco”.
Soprano Ana Quintans.
A formação apresenta-se em Castelo de Vide com Ana Quintans (soprano), Diana Vinagre (violoncelo barroco e direcção artística), Rebecca Rosen (violoncelo barroco) e Miguel Jalôto (órgão).
O programa deste fim-de-semana em Castelo de Vide inclui ainda uma ação no âmbito do Terras sem Sombra Kids intitulada "Cubos Mágicos: O Baluarte da Memória" (sábado 28 de Maio, 11 horas) e outra de Património Cultural, cujo mote é o legado do arquitecto Nuno Teotónio Pereira em Castelo de Vide (sábado 28 de Maio, 15 horas).
A terminar o programa local do festival está prevista uma visita à Barragem de Póvoa e Meadas, para observar a rica avifauna que povoa a albufeira (Domingo 29 de Maio, 9:30 horas).
Concerto do Bonne Corde com Ana Quintans
Entre as obras apresentadas no concerto do Bonne Corde com Ana Quintans, assinala-se Lettione prima di Giovedì Santo, em estreia moderna neste concerto, o que o torna um momento único. Do programa fazem ainda parte peças de outros compositores barrocos, como Dall’Abacco e Lanzetti. O conjunto completo de Lamentações para a Semana Santa, para voz solista, com o acompanhamento pouco usual de violoncelos obbligati, é uma das obras mais relevantes do compositor, organista e cravista flamengo Fiocco (1703-1741), que começa agora a ser redescoberto e a receber a atenção que o seu trabalho merece.
O Ensemble Bonne Corde
Bonne Corde é um agrupamento de música antiga dedicado à interpretação historicamente informada com instrumentos originais, tendo como repertório-alvo a literatura para violoncelo solo do séc. XVIII, tanto de câmara como concertante, não esquecendo ainda o importante papel do violoncelo como instrumento de baixo contínuo.
O nome do grupo provém do tratado de Marin Mersenne de 1636, Harmonie Universelle, e pretende ser uma alusão às cordas de tripa utilizadas nos instrumentos de corda até ao início do século XX, quando foram
substituídas pelas de aço. Fundado pela violoncelista Diana Vinagre, Bonne Corde continua um trabalho de conjunto iniciado por jovens músicos de várias partes do mundo que se foram cruzando nos seus percursos formativos e profissionais, em locais tão prestigiados como o Real Conservatório de Haia (Países Baixos) ou a Orquestra Barroca da União Europeia. Todos os membros do grupo colaboram regularmente com os mais importantes agrupamentos de música antiga da Europa. © NCV

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