Foto © CMM/NCV |
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Para o efeito, vai realizar-se um levantamento e registo do espólio existente no concelho. Um trabalho que só será possível com o contributo dos(as) marvanenses que tenham quadros antigos com casca de castanha em casa ou na família.
Pelo que a Câmara Municipal solicita a quem tiver, ou conhecer alguém que tenha, deve contactar o Posto de Turismo, através do 245 909 131.
Desde o início do século XX
A tradição dos bordados com casca de castanha é uma prática centenária do concelho de Marvão. Acredita-se que terá sido uma arte criada por bordadeiras que aproveitavam os serões à lareira para reutilizar a casca das castanhas, degustadas à mesa por toda a família.
Presume-se que os exemplares de bordados com casca de castanha mais antigos, existentes no concelho de Marvão, remontem ao início do século XX (no Museu Municipal pode ser apreciado um trabalho de 1917).
Bordados no linho, na seda ou na flanela
Foto © CMM/NCV |
A arte de trabalhar a casca da castanha prende-se na memória de outros tempos, no linho, na seda ou na flanela, e a enquadrar fotos de família, como forma escolhida de presentear aqueles por quem se tinha um carinho muito especial.
O desenho tradicional dos quadros era normalmente formado por um ramo inclinado para um lado, com um laço. No espaço em branco era colocada uma fotografia da pessoa que bordava ou de um familiar. Mas existe ainda, no concelho, um quadro onde, em vez da habitual fotografia, foi colocada a chave do caixão de um ente querido.
Quadros com retratos ou fotografias de família, que foram passando de geração em geração, até aos dias de hoje, sendo ainda possível apreciar alguns em perfeito estado de conservação.
Os bordados com casca de castanha “são a memória de um povo que imortaliza, em quadros, os seus entes queridos e as suas recordações, não sendo conhecidos outros exemplos desta arte de bordar”. © NCV
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