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“A Casa da Inquisição será (...) inequivocamente, um museu que se afirmará no país e no mundo, na medida em que permitirá uma viagem ao cruel, mas igualmente fascinante tempo do Santo Ofício, a partir de um notável palacete seiscentista que só por si merece a visita” refere um comunicado da Câmara Municipal de Castelo de Vide sobre o assunto.
Por outro lado, este novo museu “insere-se na estratégia municipal que visa a implementação de uma rede de espaços museológicos em curso por forma a qualificar e a diversificar a oferta turística do concelho, consolidando e afirmando Castelo de Vide como destino turístico cultural”.
Turismo religioso e herança judaica
“No que se refere ao turismo religioso, a herança judaica é um segmento crescente na Península Ibérica, sendo que em Castelo de Vide os Estados Unidos da América e Israel já ocupam, depois de Espanha, os primeiros lugares na estatística referente ao mercado turístico externo”.
“Assim, depois da musealização da Sinagoga Medieval, aberta em 2009 e que já recebeu 361 716 visitantes, é agora hora de abrir portas à Casa da Inquisição, um projeto que ambiciona ser inovador e profundamente marcante, face à abordagem criativa e tecnológica a um tema bastante sensível e melindroso”, prossegue o referido documento.
Uma experiência que nos transporta ao tempo do Santo Ofício
“Excluídos quaisquer juízos de Fé ou julgamento histórico, a Casa da Inquisição é uma experiência que nos transporta ao tempo do Santo Ofício ilustrando quais os procedimentos e ambientes a que foram sujeitas as pessoas que caíram na alçada da Inquisição, conforme as regras estipuladas no próprio Regimento deste Tribunal Eclesiástico.
É, pois, uma abordagem histórica, cultural e turística, cuja narrativa foi estruturada pelo competente historiador Jorge Martins, especialista na temática do judaísmo, o qual estudou mais de duzentos processos inquisitoriais de castelo-videnses”.
“Colmatar a ausência de conteúdos e de informação”
Para António Pita, Presidente da Câmara de Castelo de Vide “este novo espaço museológico terá um sucesso garantido, porquanto é uma experiência única e impressionante que vem colmatar a ausência de conteúdos e de informação subordinada à temática no país e na própria Rede de Judiarias de Portugal”.
Com este museu queremos aumentar os fluxos turísticos e a taxa de ocupação hoteleira, mas, por outro lado, queremos também contribuir para que as escolas possam fazer uma correta e aliciante abordagem à Inquisição em Portugal.
Homenagem às Vítimas do Santo Ofício
Por último, para além da dimensão cultural e turística, sublinha-se a homenagem às Vítimas do Santo Ofício, na medida em que a narrativa museológica contempla a evocação através da identificação de todos os acusados”.
“A Casa da Inquisição será assim, inequivocamente, um museu que se afirmará no país e no mundo, na medida em que permitirá uma viagem ao cruel, mas igualmente fascinante tempo do Santo Ofício, a partir de um notável palacete seiscentista que só por si merece a visita”. © NCV
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