8 de março de 2023

Livro de Jorge Martins sobre Guiomar Mendes apresentado a 16 de Março com a abertura da Casa da Inquisição em Castelo de Vide

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O livro “Guiomar Mendes - Judia de Castelo de Vide Queimada em Auto de Fé” da autoria do Professor Jorge Martins e editado pelas vai ser apresentado em Castelo de Vide no próximo dia 16 de Março, coincidindo com a inauguração ou simples abertura ao público da Casa da Inquisição que está prevista para esse dia com a eventual presença (ainda por reconfirmar) do Secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda.
Segundo o Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide nessa quinta-feira dia 16 de Março far-se-á a abertura ao público, com ou sem inauguração oficial que terá de ficar para mais tarde no caso de se registar algum imponderável constrangimento de agenda daquele membro do Governo.
O livro de Jorge Martins incide sobre o processo da judia castelo-vidense Guiomar Mendes até ao seu “auto-de-fé” na Inquisição em 1664, e está prefaciado pelo Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Pita, “a convite do autor e historiador” que fará aquela sua primeira apresentação.
“Inestimável contributo do historiador”
Nesse prefácio, cujo texto já foi tornado público pelo seu autor, António Pita refere que “Castelo de Vide sente um enorme privilégio por receber o inestimável contributo do historiador Jorge Martins, enquanto figura incontornável da investigação histórica nacional, que, assim, traz ao conhecimento público o resultado de longas horas de estudo, em arquivos históricos e exaustas leituras dos processos do Santo Ofício”.
“Garantia da qualidade e competência na investigação”
“Autoridade inquestionável em estudos judaicos e inquisitoriais, nele sentimos a total garantia da qualidade e competência na investigação, porquanto a vasta obra produzida lhe confere um estatuto superior, de inegável reconhecimento internacional”, prossegue o autarca.
“Com Jorge Martins foi igualmente possível impulsionar e alcançar objetivos mais ambiciosos, concretizando-se, deste modo, a Casa da Inquisição, a qual perspetivamos que venha a ser uma prestigiada referência no espaço europeu, em virtude da originalidade e criatividade na abordagem, não obstante o desconforto e desumanidade da temática”.
Construção da narrativa do espaço museológico
O texto do prefácio reconhece que “na verdade, a construção da narrativa deste novo espaço museológico de Castelo de Vide está organizada a partir do guião delineado pelo autor deste livro, procurando a interpretação dos Regimentos que regulamentavam o funcionamento do Santo Ofício, a explicação da organização interna da Inquisição e, simultaneamente, uma abordagem biográfica às próprias vítimas, fruto da acuidade do estudo de grande envergadura desenvolvido por Jorge Martins, através da leitura dos processos inquisitoriais, dos quais o caso de Guiomar Mendes sobressai, no rol dos mais de duzentos processos relativos a Castelo de Vide”.
“Outras publicações sobre outras vítimas castelo-videnses”
E António Pita adianta desde já que “outras publicações sobre outras vítimas castelo-videnses ocorrerão, por forma a conhecer-se a complexidade da estrutura social da Idade Moderna, e, por outro lado, a revisitar vidas profundamente marcadas pelo contexto político e religioso da época, que, de certa forma, por esta via de ressurreição, são trazidas ao presente, enquanto despretensioso ato de redenção e dignificação”.
“Agradecimento público ao historiador Jorge Martins”
O prefácio de António Pita termina reiterando o seu “agradecimento público ao historiador Jorge Martins, eminente estudioso do legado judaico em Portugal, reafirmando que Castelo de Vide ficará eternamente grato, pela dedicação e profissionalismo aplicados neste laborioso percurso de reconstrução social, genealógica e histórica daqueles que também foram importantes para o desenvolvimento do nosso concelho”. © NCV

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