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O processo decorre das demissões ocorridas nos últimos meses primeiro no Conselho Fiscal e depois na Mesa da Assembleia Geral conduzindo a uma situação em que neste momento apenas a Direção e um dos três membros da Mesa da Assembleia Geral não estão demissionários.
Nesse sentido a Presidente demissionária da Mesa da Assembleia Geral, Paula Cristina Mendonça Fragoso, tornou público um comunicado (que se republica junto) com o calendário do processo eleitoral: as listas devem ser entregues até às 10 horas de quinta-feira dia 6 de Julho próximo, decorrendo depois o prazo até dia 14 de Julho para “apreciação e classificação” das mesmas, com o ato eleitoral e a tomada de posse desde já marcados para o dia 31 de Julho em reunião da assembleia geral a convocar para o efeito.
Divergências entre o Conselho Fiscal e a Direção
A instituição povoense tem vivido dias agitados desde Fevereiro passado na génese dos quais estão divergências insanáveis entre o Conselho Fiscal presidido por José Carapeto e a Direção liderada por Joaquim Belo devido à “decisão de admissão na Instituição de novos trabalhadores, entre os quais se encontrava o filho, marido e genro de três dos elementos da Direção” como refere Paula Cristina Mendonça Fragoso na carta em que no passado dia 25 de Maio anuncia a sua demissão à Direção com conhecimento à Diretora do Instituto da Segurança Social, I.P., Centro Distrital de Portalegre, Sandra Cardoso, e ao Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Pita.
Intervenção da Segurança Social
Apesar dos seus porfiados esforços e da intervenção da Segurança Social em dois tempos, a Presidente da Assembleia Geral não conseguiu que as partes se entendessem porque tal dependeria de uma reversão das decisões de contratação de pessoal postas em causa o que a Direção considera inviável por terem sido legítimas uma vez sanadas eventuas irregularidades formais. Mas as contratações continuaram a ser consideradas "inoportunas" tendo em conta "a situação financeira" e, mantendo-se a situação demissionária de uma parte significativa dos órgãos sociais, a dirigente não teve outra alternativa senão a de convocar eleições para um novo mandato no sentido de normalizar a vida institucional do Lar de Póvoa e Meadas.
Demissão depois de 30 anos...
“Em face de todo o ocorrido, não tendo havido por parte da Direção qualquer intenção no sentido de se anularem as novas contratações, não tendo tido em consideração a situação financeira da Instituição, sem o Conselho Fiscal, com a posição do qual concordo inteiramente e confio, não tenho outra alternativa senão, com muita pena minha, e passados que vão cerca de 30 anos como membro dos órgãos sociais, demitir-me, sendo certo, porém, que manterei o meu lugar na Instituição até à eleição dos novos corpos sociais, como é meu dever”, refere Paula Cristina Mendonça Fragoso na sua referida carta.
Neste momento, o Lar da Terceira Idade de Nossa Senhora da Graça de Póvoa e Meadas não tem ainda aprovadas as suas contas relativas ao exercício de 2022 que não puderam ser colocadas à apreciação da Assembleia Geral por não terem sido objeto do necessário parecer do Conselho Fiscal.
Recorda-se que, neste momento, a instituição povoense tem na fase final de execução um ambicioso projeto de remodelação e ampliação de instalações de acordo com as modernas exigências legais e regulamentares exigidas às chamadas ERPI’s (Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas). © NCV
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