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Os trabalhos – que serão transmitidos em direto também através do NCV - iniciam se na Quinta dos lhos de Água em Marvão na manhã de quinta-feira dia 9, prosseguindo depois os trabalhos no Salão Nobre dos Paços do Concelho e na Biblioteca Municipal Laranjo Coelho em Castelo de Vide.
Os trabalhos terminam na tarde de amanhã, com os participantes a visitarem a Casa da Inquisição e o futuro Centro de Interpretação Garcia d’Orta, com a abertura da Exposição Coletiva dos Artistas do AveiroArte – Círculo Experimental dos Artistas Plásticos intitulada “Colóquios dos Simples. Garcia de Orta, o Sefardita” e ainda a presentação de dois livros.
Comunicação de António Pita
António Pita, fará uma comunicação cerca das 12 horas desta sexta-feira dia 10 de Novembro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, sobre o tema “O Património Judaico de Castelo de Vide: um Valor Estratégico na Promoção Turística do Concelho” cujo resumo não foi no entanto divulgado.
Comunicação de Maria do Carmo Fernandes Alexandre
Por outro lado, também Maria do Carmo Fernandes Alexandre, técnica superior da Divisão de Ação Cultural (Turismo) da Câmara Municipal de Castelo de Vide e presidente da direção do Grupo de Amigos de Castelo de Vide, apresentará esta tarde (17:45 horas) na Biblioteca Municipal Laranjo Coelho uma comunicação livre sobre “Garcia d’Orta: Da Memória aos Monumentos”.
Mestre em política cultural autárquica e em Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Maria do Carmo Fernandes é funcionária pública na Câmara Municipal de Castelo de Vide, e presidente da direção da associação Grupo de Amigos de Castelo de Vide, tendo sido a mentora do projeto “Entre Diálogos - evocação a Garcia de Orta nos 450 anos da sua morte”.
Na sua comunicação, uma reflexão sobre a iconografia e a imagética sobre o castelo- vidense que da Índia trouxe matéria médica e luz à Europa e ao Mundo, depois da inauguração da escultura “Colóquios dos Simples” no jardim Garcia de Orta, será a vez de apresentar o “Herbário de Garcia d’Orta”, outra criação artística de Maria Leal da Vista, que poderá ser visitado muito em breve no Parque de Esculturas de Marvão, ligando jardins, territórios e cultura.
“Garcia de Orta: Da Memória aos Monumentos”
A presente comunicação apresenta duas esculturas integradas no projeto “Entre Diálogos” – Evocação de Garcia de Orta nos 450 anos da sua morte, aprovado no primeiro Orçamento Participativo da Cultura, que homenageiam o autor dos Colóquios dos Simples e Drogas da Índia… As esculturas perpetuam a memória deste judeu sefardita, que trouxe da Índia matéria médica e narrativas de usos e costumes que inspiraram a abertura da Europa ao mundo no séc. XVI. O médico e botânico cristão-novo nasceu em Castelo de Vide, por volta de 1500, exerceu clínica na terra natal, no ano de 1526, tendo mais tarde viajado até ao Oriente, onde se notabilizou com o livro de farmacognosia, botânica e antropologia cultural, no qual
descreve os simples e drogas orientais, mas também episódios da vida em Goa, onde viveu – um Tratado quinhentista, reconhecido pelos muitos investigadores que continuam a estudá-lo passados cinco séculos.
“Colóquios dos Simples… “(2019) no Jardim Garcia d'Orta
As esculturas surgiram de diálogos entre a proponente do projeto e presidente da direção da associação Grupo de Amigos de Castelo de Vide, Maria do Carmo Fernandes, e a criadora, Maria Leal da Costa, artista convidada, eborense e residente em Marvão, escolhida pela grande sensibilidade das suas obras. “Colóquios dos Simples… “(2019), uma obra escultórica a visitar no Jardim Garcia de Orta, em Castelo de Vide, representa o livro aberto. Nas duas superfícies rasgam-se desenhos de plantas e frutos estudados pelo naturalista e, entre as duas
grandes páginas em aço ondula uma serpente em mármore branco de Estremoz, símbolo da farmacologia e da medicina.
“Herbário de Garcia de Orta” (2023) no Parque de Esculturas de Marvão
O “Herbário de Garcia de Orta” (2023), no Alentejo Sculpture Park | Parque de Esculturas de Marvão, pretende prestar tributo à personalidade ímpar de Garcia de Orta como botânico, estabelecendo uma ponte de diálogos com a escultura “Colóquios dos Simples”, onde o seu papel de médico e investigador foi realçado. A iconografia, o conhecimento e a fruição dos monumentos em espaços e jardins públicos e privados, numa evocação ao distinto castelo-vidense. © NCV
(subtítulos da responsabilidade da Redação do NCV)
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